A equipe no ministro Marcelo Queiroga admitiu, em documento oficial, que somente metade das doses divulgadas foram compradas
O Ministério da Saúde admitiu que comprou apenas metade das 560 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 que prometera, conforme noticiou a CNN. A informação foi confirmada pela equipe do ministro Marcelo Queiroga em ofício publicado no dia 12 de abril.
De acordo com a emissora, a declaração foi dada em resposta ao requerimento de informação elaborado pelo deputado federalGustavo Fruet (PDT-PR), o qual questionou o ministério acerca da obtenção da vacina: "Houve a efetiva compra/negociação de 560 milhões de doses ou apenas o indicativo de intenção de compra?," perguntou Fruet.
A resposta do órgão foi a de que "os registros documentais demonstram que foram celebrados acordos para fornecimento de 281.023.470 doses da vacina Covid-19", o que significa que quase trezentos milhões deixaram de entrar para a conta.
Em março, o Ministério da Saúde publicou em seu perfil no Twitter um vídeo que dizia claramente que "foram compradas mais de 560 milhões de doses de vacinas". Agora, o gabinete do ministro Queiroga explica que as 560 milhões de doses anunciadas incluíam as que estariam em fase de negociação, ou seja, sem acordo definido.
A pasta ainda finaliza: "Como destacado em sede de resposta, pode-se afirmar que das 572.912.870 doses destinadas para atendimento das ações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, já foram contratadas 281.023.470 doses a serem fornecidas pelas instituições públicas e privadas mencionadas acima".