Freya subia em barcos na enseada Fiorde de Oslo, no sudeste do país, fazendo com que o governo alertasse turistas
Redação Publicado em 15/08/2022, às 09h36 - Atualizado em 21/08/2022, às 12h00
Uma morsa que era celebridade na Noruega foi morta por eutanásia após decisão do Direção Norueguesa de Pesca, na manhã de ontem, 14. As autoridades haviam alertado o público para ficar longe do animal.
Batizada de Freya, a morsa parecia não ter medo de pessoas, como a maioria de sua espécie, e subia em barcos para tomar sol em sua temporada na enseada Fiorde de Oslo, ao sudeste do país.
Por isso, tornou-se conhecida entre os turistas, que passaram a ficar perigosamente próximos ao animal, segundo a direção, jogando objetos e nadando com ela. Vídeos virais com Freya também foram publicados nas redes sociais.
“A decisão de eutanásia da morsa foi tomada com base em uma avaliação global de ameaça contínua à segurança humana”, afirmou Frank Bakke-Jensen, diretor-geral da Direção Norueguesa de Pesca, em comunicado.
Nadia Jdaini, porta-voz da Diretoria Norueguesa de Pesca, acrescentou à CNN: “O público desconsiderou a recomendação atual de manter uma distância clara da morsa”.
Antes de a decisão ser tomada, o governo estava pensando em outras estratégias, até mesmo realocar a morsa para fora do fiorde. No entanto, “a extensa complexidade de tal operação nos fez concluir que esta não era uma opção viável”, explicou Bakke-Jensen.
“Simpatizamos com o fato de que a decisão pode causar reações ao público, mas estou firme de que essa foi a decisão certa”, completou o diretor-geral do órgão. “Temos grande consideração pelo bem-estar animal, mas a vida humana e a segurança devem ter precedência.”
O professor de Biologia da Universidade do Sudeste da Noruega, Rune Aae, responsável por um mapa do Google de avistamentos de Freya, fez uma publicação no Facebook após o anúncio da morte da morsa, condenando a situação.
Para o especialista, a decisão foi “muito precipitada”. O animal teria “mais cedo ou mais tarde saído do Oslofjord, o que toda a experiência anterior mostrou, então a eutanásia era, na minha opinião, completamente desnecessária. Que vergonha!”
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