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Notícias / China

Mulher chinesa revela história de esterilização forçada em Xinjiang

Qelbinur Sedik revelou à AFP que foi obrigada a fazer uma laqueadura mesmo após a menopausa. Entenda o caso!

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/05/2021, às 14h28

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Imagem meramente ilustrativa de bandeira da China - Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa de bandeira da China - Wikimedia Commons

Segundo divulgado pela AFP nesta quinta-feira, 20, em uma região de Pequim, capital da China, estão acontecendo esterilizações forçadas. O veículo conversou com uma moradora local, que afirmou que o motivo por trás dos procedimentos seria diminuir a quantidade de muçulmanos da minoria uzbeque que moram ali. As informações foram publicadas no UOL. 

Qelbinur Sedik, que morava em Xinjiang, afirma que passou por uma laqueadura em 2019, mesmo que na época já estivesse na casa dos 50. Ela foi obrigada a fazer a cirurgia pelo comitê de seu bairro, sob a ameaça de intervenção policial caso não colaborasse. Segundo o Instituto Australiano de Política Estratégica (ASPI), tal política está "reduzindo a taxa de natalidade no sul de Xinjiang a níveis entre os mais baixos do mundo”.

Outro detalhe é que o método de esterilização foi oferecido como alternativa à inserção de um DIU, algo pelo qual a senhora chinesa já havia sido submetida em 2017. Na época, todavia, o organismo dela não se adaptou à presença do dispositivo contraceptivo intra uterino, fazendo com que tivesse sangramentos e dores abdominais. Assim, ela implorou para que não fosse obrigada a passar pela experiência novamente. 

Contudo, a cirurgia esterilizadora, que interrompe o fluxo das trompas, também lhe gerou muito sofrimento, uma vez que ela continuou sangrando por dias a fio mesmo depois de ser liberada do hospital local. 

"Por que impor isso a uma mulher com mais de 50 anos, na menopausa, e que não tem nenhuma razão para engravidar?", questionou Qelbinur quando falou com a AFP. De acordo com a agência de notícias, hoje em dia, a mulher está refugiada na Holanda.