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Notícias / Brasil

Mulher que xingou família de “crioulos fedorentos" responderá processo em liberdade

Caso de injúria racial aconteceu em metrô de Belo Horizonte

Fabio Previdelli Publicado em 08/06/2022, às 12h37

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Imagem ilustrativa - Pixabay
Imagem ilustrativa - Pixabay

Na última segunda-feira, 6, a equipe do site do Aventuras na História relatou o caso de uma família mineira que foi alvo de injúrias raciais no metrô de Belo Horizonte. Na ocasião, Adriana Maria Lima de Brito teria xingado Leni, Alexandre e Isabelle Rodrigues de “crioulos fedorentos” — entre outros insultos

Autuada pelo crime de injúria racial, ela foi encaminhada ao sistema prisional. Entretanto, Adriana responderá ao processo em liberdade. A informação foi divulgada no início da tarde de ontem, 7. 

A decisão foi proferida após custódia realizada no Fórum Lafayette poucas horas antes. De acordo com informações do G1, Adriana ganhou o direito de responder em liberdade por ser uma ré primária e pelo fato da pena de seu delito não ser superior aos 4 anos de prisão. 

A mulher, porém, deverá cumprir algumas medidas cautelares, como não ter contato com as três vítimas e de “comparecer a todos os atos do inquérito e ação penal e de não se ausentar de BH pelo prazo superior a 30 dias, sem prévia autorização judicial".

“Eu sou racista”

Na tarde do último domingo, 5, uma mulher foi detida por injúria racial após proferir xingamentos racistas contra uma família em uma estação de metrô de Belo Horizonte, em Minas Gerais. 

Leni Rodrigues (de 52 anos), Alexandre Elias Rodrigues (55) e Isabelle Cristine Rodrigues (25) foram ofendidos quando embarcaram na Estação Central — os ataques seguiram até a Estação José Cândido da Silveira, na região Leste da capital mineira. 

Negros fedidos, crioulos fedorentos, raça impura. Vocês não poderiam estar no mesmo ambiente que nós. Vocês deveriam ter descido do metrô, pretos fedorentos", teria sido alguns dos xingamentos ouvidos pela família segundo aponta Boletim de Ocorrência registrado pela Polícia Militar. 

A suspeita trata-se Adriana Maria Lima de Brito, de 54 anos, que foi autuada pelo crime de injúria racial e foi encaminhada ao sistema prisional, onde segue à disposição da Justiça, informou o G1. 

Quando as ofensas começaram, diversas testemunhas começaram a filmar as falas de Adriana, que chegou a gritar: “Eu sou racista, eu sou racista”. Em outro momento, a acusada alegou que "o sangue que corre na minha veia não é o mesmo que corre na sua".