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Notícias / África

Mulheres e crianças são resgatadas de "fábrica de bebês" na Nigéria

As vítimas denunciaram os abusos que sofriam na maternidade ilegal, incluindo relatos de gravidez forçada e tráfico de bebês

Giovanna de Matteo Publicado em 03/12/2020, às 08h58

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Imagem ilustrativa para abuso de menores - Pixabay
Imagem ilustrativa para abuso de menores - Pixabay

Na última quarta-feira, 2, um porta-voz da polícia nigeriana anunciou o sucesso de uma operação de resgate em uma "fábrica de bebês", na área de Mowe, no sudoeste do estado de Ogun.

De acordo com as informações divulgadas pelas autoridades, 10 pessoas foram resgatadas de uma maternidade ilegal. Entre elas estavam quatro crianças, quatro gestantes e mais duas mulheres.

“Atendendo a uma denúncia, nossos homens invadiram a maternidade ilegal e resgataram 10 pessoas, incluindo quatro crianças e seis mulheres, quatro das quais estão grávidas”, afirmou o porta-voz da polícia Abimbola Oyeyemi, à AFP.

As vítimas resgatadas relataram que o proprietário da "empresa" lucrava a partir de um processo onde, primeiramente, sequestrava mulheres, e depois contratava homens para engravidá-las. Por fim, após o parto das gestantes, os recém-nascidos eram vendidos em um esquema de tráfico infantil. 

O lugar em que as mulheres estavam escondidas era uma pequena instalação ilegal, que se mascarava como uma "clínica médica privada". Desse modo, o dono hospedava essas mulheres no local e colocava seus bebês à venda, que na maioria das vezes eram frutos de abusos sexuais.

Oyeyemi declarou a prisão de dois suspeitos, sendo um homem com deficiência física, e a filha do suposto proprietário da clínica. “A operadora do centro está fugindo, mas estamos intensificando os esforços para prendê-la e levá-la à justiça”, acrescentou ele.

Ele também disse que a operadora já havia sido presa tempos antes por praticar o mesmo crime. “Ela estava sendo julgada por tráfico de seres humanos depois de sua prisão no início deste ano, mas estava sob fiança quando voltou para seus negócios normais.”