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Notícias / Afeganistão

Talibãs atiram para o alto e perseguem jornalistas em manifestação

O ato que foi dispersado por membros do grupo fundamentalista reunia mulheres afegãs que estavam defendendo a educação

Ingredi Brunato, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 30/09/2021, às 17h00

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Fotografia meramente ilustrativa mostrando combatentes armados do Talibã nas ruas de Cabul - Divulgação/ Youtube/ NBC News
Fotografia meramente ilustrativa mostrando combatentes armados do Talibã nas ruas de Cabul - Divulgação/ Youtube/ NBC News

Seis mulheres afegãs foram às ruas nesta quinta-feira, 30, para se manifestar em favor do direito à educação. Conforme repercutido pelo UOL, elas seguravam uma faixa com os dizeres "Não politize a educação! "Não quebrem nossas canetas, não queimem nossos livros, não fechem nossas escolas".

A mensagem estava escrita tanto no dari, língua oficial do Afeganistão, quanto em inglês, assim permitindo que estrangeiros a entendessem. 

O protesto, no entanto, não teve a oportunidade de durar por muito tempo. Assim que outras três afegãs se juntaram ao ato, combatentes do Talibã chegaram ao local. A fim de desencorajar o grupo, um deles começou a disparar tiros de metralhadora para o alto, ainda de acordo com o UOL.

Quando as mulheres entraram em uma escola da região para se protegerem, os talibãs avançaram na direção dos jornalistas internacionais que registravam o acontecimento, tentando retirar suas câmeras. 

Após o episódio, um dos comandantes do grupo fundamentalista islâmico, Mawlawi Nasratullah, fez um pronunciamento para uma dezena de repórteres que foram reunidos por seus homens. 

"Respeito os jornalistas, mas esta manifestação não foi autorizada. As autoridades do Emirado [Islâmico] do Afeganistão não haviam sido informadas. Por isso não há nenhum jornalista afegão aqui. Se tivessem pedido autorização para a manifestação, elas teriam recebido. Respeito os direitos das mulheres", anunciou ele à imprensa estrangeira. 

Vocês tentaram cobrir uma manifestação ilegal. Recordo a vocês que nos países modernos, França ou Estados Unidos, a polícia agride os manifestantes", concluiu Nasratullah