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Notícias / Arqueologia

Múmia egípcia classificada incorretamente era pássaro sagrado, diz estudo

A ave embalsamada estava sob posse da Universidade de Cornell há décadas

Ingredi Brunato, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 05/05/2022, às 13h51 - Atualizado em 26/06/2022, às 09h00

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Fotografia do pássaro embalsamado - Divulgação/ Youtube/ Cornell University
Fotografia do pássaro embalsamado - Divulgação/ Youtube/ Cornell University

No decorrer dos últimos meses, um grupo de pesquisadores da Universidade de Cornell tem se debruçado sobre um pássaro mumificado há mais de 1.500 anos. A ave embalsamada, que estava na coleção antropológica da instituição de ensino há um século ou mais, estava incorretamente rotulada como um falcão, de acordo com um comunicado publicado pelo local nesta quinta-feira, 5. 

O estudo recente descobriu que se tratava, na verdade, de um íbis-sagrado (o nome científico da espécie "Threskiornis aethiopica"), que era usado como sacrifício pelos egípcios do passado durante seus rituais de adoração ao deus Thoth — que simbolizava a magia, sabedoria, arte e escrita. 

Também por conta desse uso cerimonial, esse era um pássaro criado com frequência no Egito, conforme repercutido pelo Live Science. Um detalhe peculiar é que não existia registro de quando a múmia se tornou posse da universidade. A estimativa dos cientistas é que ela tenha vindo junto de outros artefatos doados à instituição na década de 1930. 

Fotografia do pássaro embalsamado / Crédito: Divulgação/ Youtube/ Cornell University

Sobre a pesquisa

Até o momento, o exame mais intenso a que o íbis-sagrado embalsamado foi submetido consistiu em uma tomografia computadorizada, o que revelou a presença de restos de ossos e tecidos moles ainda preservados. A ave, porém, ainda não foi "desembrulhada" do linho que a envolve, algo que exigirá muita cautela da parte dos pesquisadores. 

Grande parte da arqueologia é destrutiva. Uma vez que você escavou algo, não há como 'des-escavar'. Depois de desembrulhar uma múmia, não há como montá-la novamente", explicou Frederic Gleach, professor envolvido no estudo, no comunicado da Universidade de Cornell. 

O próximo passo da pesquisa será a criação de um modelo 3D do pássaro mumificado, o que, assim como outras informações a respeito do achado, será exposto em um site criado especialmente para a ave antiga. Para saber mais a respeito do estudo, clique aqui