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Múmia egípcia de "falcão" era na verdade um feto humano

Descoberta foi feita durante a tomografia de outra múmia

Redação AH Publicado em 08/01/2017, às 11h04 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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O minúsculo sarcófago que guardava a surpresa - Maidstone Museum
O minúsculo sarcófago que guardava a surpresa - Maidstone Museum
Enquanto estudavam a múmia de Ta-Kush, uma misteriosa moça que viveu há 2700 anos, pesquisadores do Museu Maidstone (Reino Unido) decidiram testar também um artefato bem mais modesto: uma minúscula múmia num mini-sarcófago. 

Ela é mais jovem, datada de por volta de 300 a.C., no início do domínio grego do Egito, a Dinastia Ptolomaica de Cleópatra. Desde ela ter sido coletada, há mais de um século, acreditava-se conter os restos de um falcão. A equipe descobriu que era em verdade um feto humano, abortado às 20 semanas de gravidez. Isso faz dela uma das mais jovens múmias conhecidas. 

"Graças à tomografia, podemos aprender muito mais sobre as coleções de forma não invasiva, sem danificar os artefatos", afirma Samantha Harris, diretora de coleções do museu, "Por exemplo, sem acesso "a tecnologia, identificar e aprender sobre a múmia bebê teria sido impossível sem causar dano permanente ao desenrolá-la."


O feto revelado na tomografia / Maidstone Museum

Não é a primeira múmia de feto encontrada. Ano passado, outra tomografia revelou que o que se pensava serem órgãos internos era um feto. "Isso claramente demonstra o valor que [os egípcios] davam à vida desde suas primeiras semanas de concepção", afirmou então a museóloga Julie Dawson.

O erro de identificação é compreensível. Múmias de animais eram extremamente comuns e em número muito maior que as humanas. Podiam ser meros animais de estimação ou oferendas pra os deuses representados por esses animais. Cachorros para Anúbis, gatos para Bastet e, no caso de falcões, para Hórus.