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Notícias / Arte

Museu encontra inusitada maneira de publicar imagens de obras banidas por nudez

Por US$4,99 mensais, usuários poderão conferir o acervo dos quatro mais famosos museus de Viena

Fabio Previdelli Publicado em 18/11/2021, às 15h23

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Estátua da Vênus de Willendorf - Divulgação/ Naturhistorisches Museum Wien com modificações
Estátua da Vênus de Willendorf - Divulgação/ Naturhistorisches Museum Wien com modificações

Nos últimos anos, o Facebook vem lutando fortemente para banir de sua plataforma imagens consideradas de cunho erótico. Se por um lado a medida é benéfica para que conteúdos explícitos não surjam facilmente na timeline de seus usuários, a determinação vem causando uma certa polêmica com museus de arte em Viena. 

Em 2017, por exemplo, uma mulher publicou uma foto da estátua ‘Vênus de Willendorf’, que tem cerca de 30.000 anos e é conhecida por ser uma representação de mulheres e uma óbvia referência à fertilidade. 

O Facebook acabou determinando que a imagem feria as diretrizes da plataforma e removeu a foto. Em contrapartida, o Museu de História Natural de Viena considerou o gesto como uma forma de "censura".

Um objeto arqueológico, especialmente aquele icônico, não deve ser banido do Facebook por causa da 'nudez', como nenhuma obra de arte deveria ser”, declarou o museu em um comunicado. 

Apesar da rede social ter se desculpado, outros banimentos acabaram acontecendo, o que fez com que o conselho de turismo de Viena tomasse uma decisão ousada: expor as obras ‘censuradas’ em um perfil do OnlyFans, segundo noticiou o The Washington Post.  

Com isso, por US$4,99 mensais, os assinantes poderão conferir as obras "explícitas" que fazem parte do acervo dos quatro mais famosos museus da capital austríaca. Segundo o conselho de turismo, a medida dá às pessoas a chance delas verem as produções de artistas como Egon Schiele e Koloman Moser, que “ultrapassaram os limites do que era considerado aceitável na arte na época”.

“Portanto, dificilmente é uma surpresa saber que algumas de suas obras caíram na censura há mais de 100 anos”, acrescentou a nota do conselho de turismo. “E a batalha contra a censura ainda continua: com o surgimento das redes sociais, proibições como essas estão de volta às manchetes. Os principais canais de mídia social, como Instagram e Facebook, têm nudez e conteúdo ‘obsceno’ em sua mira”.

É por isso que decidimos colocar as obras de arte 'explícitas' mundialmente famosas da capital no OnlyFans”, completa o comunicado.