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Notícias / Alemanha

Na Alemanha, pessoas têm mais medo de Trump do que da pandemia

Segundo estudo, as políticas do governo do presidente norte-americano são mais amedrontadoras do que o Coronavírus

Pamela Malva Publicado em 10/09/2020, às 16h00 - Atualizado às 16h00

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Fotografia de Donald Trump, o presidente dos EUA - Wikimedia Commons
Fotografia de Donald Trump, o presidente dos EUA - Wikimedia Commons

Entre junho e julho deste ano, cerca de 2,4 mil alemães foram entrevistados para a tradicional pesquisa ‘Medos dos Alemães’. Ao final do estudo, os participantes mostraram ter muito mais medo das políticas de Donald Trump do que do Coronavírus.

Realizada desde 1992, a pesquisa anual aborda os receios do povo alemão em relação ao futuro de seu país. Nesse sentido, o medo de que o governo do presidente dos Estados Unidos torne o mundo um lugar mais perigoso foi colocado na primeira posição por cerca de 53% dos entrevistados — superando as preocupações econômicas.

A pandemia do Coronavírus, em contraposto, apareceu apenas na 17ª posição, de acordo com o R+V Insurance Group, o responsável pelo estudo. Ainda mais, penas um terço dos alemães questionados disse se preocupar com as possibilidades de contaminação pela doença — seja em relação à eles próprios, ou à alguém que conhecem.

Imagem meramente ilustrativa de pessoas usando máscaras / Crédito: Getty Images

Antes da doença, em primeiro, segundo e terceiro lugar, vêm o aumento do custo de vida na Alemanha, a atual situação econômica do país e o valor da dívida que a União Europeia terá de pagar para seus contribuintes, respectivamente.

Quanto aos aspectos políticos do governo de Trump que amedrontam a população, o órgão responsável pela pesquisa citou a política externa do presidente, através de uma fala do cientista político Manfred Schmidt, da Ruprecht-Karls-University em Heidelberg.

Para o estudioso, são "particularmente notáveis os conflitos de guerra comercial com a China e os ataques de política comercial e de segurança contra aliados, incluindo a Alemanha”. Trabalhando como assessor do estudo, Schmidt pontua: “Além disso, há a retirada dos Estados Unidos da cooperação internacional e o confronto com o Irã”.