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Notícias / Arqueologia

Naufrágio mais rico de todos os tempos vale 17 bilhões de dólares

Santo Graal dos naufrágios afundou há 311 anos com uma carga de ouro, prata e esmeraldas

Fábio Marton Publicado em 22/06/2019, às 00h00

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Nem tão bem preservado, mas muito mais rico - iStock
Nem tão bem preservado, mas muito mais rico - iStock

Por extenso: dezessete bilhões de dólares. Equivalente ao PIB, o total produzido pela economia, de um país como Moçambique. O valor estimado é 34 vezes maior que o segundo mais rico naufrágio já tirado do mar, o Nuestra Señora de Las Mercedes, encontrado em 2007, que rendeu US$ 500 milhões em artefatos recuperados. 

O galeão San José foi ao fundo após ser abatido por uma esquadra britânica na Ação de Wager, em 8 de junho de 1708. Era a Guerra de Sucessão Espanhola, na qual uma disputa após a morte do rei Carlos II, sem filhos, levou a uma guerra internacional entre as facções Bourbon e Habsburgo, apoiadas por duas coalizões. A Inglaterra, com o Sacro Império Romano-Germânico, a República Holandesa e Portugal, estava a favor dos Habsburgo. A França era o principal aliado dos Bourbon, a quem pertencia o navio. 

De 600 tripulantes do San José, 11 sobreviveram. O resto foi a fundo com uma gigantesca carga de ouro, esmeraldas e prata tiradas das colônias espanholas. 

O San José sendo afundado no quadro Ação em Cartagena, 28 de maio de 1708 / Crédito: Samuel Scott

O naufrágio foi detectado no final de 2015 na Península de Baru, Colômbia. No ano passado, saiu a confirmação oficial. O "arqueólogo" em questão foi o submarino Remus 6000 — o mesmo usado para encontrar, em 2011, a carcaça do Airbus A330 do voo 447 Air France, que caíra dois anos antes perto do arquipélago de São Pedro e São Paulo, em Pernambuco. 

A expedição foi obra da Instituição Oceanográfica Woods Hole, dos EUA, com a autorização das autoridades locais. “Mantivemos o segredo em respeito ao governo colombiano”, afirmou o vice-presidente da WHOI, Rob Munier, à Associated Press. 

Canhões do San José / Crédito: WHOI

Ainda resta saber quem é o dono dessa bolada toda. A ONU já pediu para o governo da Colômbia não explorar o naufrágio comercialmente. A Espanha está também interessada, já que era sua propriedade então. Segundo reportagem da Bloomberg, o mesmo pode ser clamado pela França, na batalha com a Espanha ou, por outro lado, Holanda e Inglaterra, que receberiam o butim do vencedor.

Por hora, por razões óbvias, a localização exata e profundidade exatas do naufrágio continuam a ser segredo de Estado.