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Notícias / Estados Unidos

Nos EUA, mulher é presa após buscar por assassino de aluguel online

Wendy Wein, de 52 anos, tentou contratar um 'especialista' no site RentAHitman.com, mas acabou surpreendida pela plataforma

Pamela Malva Publicado em 22/11/2021, às 18h00

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Imagem meramente ilustrativa - Divulgação/ Unsplash
Imagem meramente ilustrativa - Divulgação/ Unsplash

Em 2020, Wendy Wein decidiu navegar pela internet à procura de um assassino profissional. O alvo da norte-americana era seu ex-marido, mas ela não queria cometer um crime com as próprias mãos, então entrou em um site especializado no assunto. A mulher de 52 anos não esperava, contudo, que a plataforma fosse uma espécie de isca.

Acontece que, há 16 anos, Bob Innes, um homem de 54 anos que vive na Califórnia, decidiu criar o domínio “RentAHitman.com” como parte de um empreendimento de segurança online que estava desenvolvendo. O negócio nunca deu certo, mas ele decidiu manter o site online, para localizar pessoas que buscavam por assassinos de aluguel.

Com isso, ele passou a identificar diversos casos e, sempre que encontrava situações mais complexas, as entregava para as autoridades. Foi exatamente isso que aconteceu com Wendy Wein. A mulher teria encontrado seu assassino em um café de Michigan, em 17 de julho de 2020, quando acabou sendo surpreendida pelas autoridades.

A norte-americana, que havia acusado o ex-marido de pedofilia ao solicitar os serviços do suposto assassino, foi presa e, no começo de novembro, disse ser culpada por solicitar o crime. Sob um acordo de confissão, Wendy pode ser sentenciada, em janeiro do ano que vem, a até nove anos de prisão, segundo narrou o The Washington Post.

O site

Criado em 2005, o “RentAHitman.com” já flagrou entre 650 e 700 pessoas que tentavam contratar um assassino de aluguel. Destes, 400 dos “contratantes” já haviam até mesmo preenchido um “formulário de solicitação de serviço”, segundo revelou Bob Innes.

Neste documento, as pessoas que procuravam o site cadastravam não apenas suas informações pessoais, tais quais seu endereço, telefone e email, como também preenchiam um formulário completo com os dados de quem elas queriam matar.

Ainda de acordo com o desenvolvedor do site — que conta até mesmo com depoimentos falsos, para que tudo pareça ainda mais real — a plataforma recebe entre oito e dez pedidos por mês. Mas é só depois de analisar a veracidade de todos os dados cadastrados no site que Bob envia tais informações para os oficiais.

Tantos anos mais tarde, Innes ainda se surpreende com o fato de que as pessoas ainda não perceberam que seu site é falso. “Eu não entendo”, narrou ele ao The Washington Post na semana passada. “As pessoas são simplesmente estúpidas.”

Mas não é bem assim. Os "clientes" acreditam no site de Bob porque, além dos supostos depoimentos, a plataforma ainda afirma funcionar sob a HIPPA, “Lei de Privacidade e Proteção de Informações Hitman de 1964". A falsa norma, contudo, foi criada em referência à Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros de Saúde, aprovada em 1996, que protege a confidencialidade das informações médicas de pacientes.

Bob ainda revelou que, em 2005, tentou vender o domínio do site. Como não recebeu quaisquer ofertas, ele deixou o projeto de lado. Foi apenas em 2008 que ele decidiu verificar o email do site e, assim, descobriu entre 250 a 300 emails acumulados.

Essas pessoas estavam falando sério. Eu não estava realmente preparado para nada disso”, narrou Bob. “É um mundo louco. A Internet é obviamente um lugar perigoso. E este site é um ímã para frutas que estão por perto, tentando prejudicar outras pessoas.”