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Notícias / Arqueologia

Arqueólogos são acusados de falsificar evidências sobre a crucificação de Jesus Cristo

Se condenados, os pesquisadores podem pegar até cinco anos de prisão por fraude, danos patrimoniais e falsidade de documentos

Alana Sousa Publicado em 11/02/2020, às 10h00

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Suposta mais antiga representação da crucificação de Jesus - Divulgação
Suposta mais antiga representação da crucificação de Jesus - Divulgação

Três pesquisadores estão sendo acusados de forjar documentos e artefatos históricos , que supostamente estariam ligados a crucificação de Jesus Cristo. Os réus enfrentarão um tribunal criminal em Vitoria-Gasteiz, capital do País Basco, comunidade independente da Espanha.

Os estudiosos, que incluem o arqueólogo Eliseo Gil, o geólogo Óscar Escribano e o analista de materiais Rubén Cerdán, falsificaram textos, imagens em cerâmica, tijolos e vidros. Nelas, os cientistas alegaram que estaria a mais antiga representação da crucificação de Jesus. No entanto, colegas de profissão começaram a desconfiar da descoberta.

Letras maiúsculas e minúsculas usadas nos artefatos / Crédito: Divulgação

Já em 2008, a comissão científica do País Basco emitiu um comunicado alegando que “476 dos artefatos foram manipulados ou falsificados”, desde então uma longa investigação está em andamento para determinar a veracidade histórica dos objetos. Ignacio Rodríguez Temiño, historiador especialista em Arqueologia e Ciências da Antiguidade, afirmou em entrevista ao portal Live Science sobre a descoberta de Gil, Escribano e Cerdá, que “não tem dúvidas sobre sua falsidade”. 

Um dos fatores determinantes para a comunidade arqueológica atestar a falsidade do achado são os grafites, presentes em alguns dos artefatos encontrados no assentamento romano. Eles apresentam o nome da rainha egípcia Nefertiti, algo impossível para a época, pois sua tumba só foi encontrada no século 20. Além disso, a escrita nas rochas contém vírgulas e regras de gramáticas — como as variações de letra maiúscula e minúscula —, que só foram inventadas anos mais tarde, em meados do século 18. 

Se condenados, os arqueólogos podem pegar cerca de cinco anos de prisão, enquanto o analista de materiais poderá cumprir até dois anos e meio de sentença. Eles serão acusados de fraude, danos patrimoniais e falsidade de documento. Em entrevista coletiva, Eliseo Gil insistiu em sua inocência, afirmando que “não há evidências científicas de que os artefatos sejam falsos".


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