Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Idade do Bronze

Descoberto primeiro assassinato político da história

Como aconteceria muitas vezes depois, a vítima pode ter sido vítima de conspiração e morta por pessoas próximas

Alana Sousa Publicado em 21/12/2018, às 13h31 - Atualizado às 15h19

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Um exemplo de como pode ter sido a arma do crime - Reprodução
Um exemplo de como pode ter sido a arma do crime - Reprodução

O assassino, possivelmente uma pessoa de confiança, se aproximou com uma adata de menos de 15 centímetros. Experiente, atacou em três lugares, com grande competência: a vítima sofreu lesões no estômado e na espinha. O ataque aconteceu há 3.846 anos e é o assassinato político mais antigo de que se tem notícia.

O alvo é conhecido como príncipe de Helmsdorf. A ossada é estudada desde o século 19, mas só nesta semana um grupo de pesquisadores foi capaz de identificar as causas da morte.

O príncipe de Helmsdorf foi enterrado no monte Leubinger, ao leste da Alemanha. Foi descoberto por Friedrich Klopfleisch em 1877. A área onde ele foi encontrado é considerada como uma das mais ricas sepulturas da Idade do Bronze em toda a Europa Ocidental.

Quanto ao assassino, o arqueólogo Harald Meller, da Saxônia-Anhalt, diz que pode ter sido uma pessoa de confiança da vítima, talvez um parente, amigo ou guarda-costas. "O governante foi desavisado e surpreso com o ataque. Pode bem ser que ele, como Júlio César na Roma antiga, tenha sido vítima de uma conspiração”.

Para os estudiosos, quem cometeu o crime teria que ter sido guerreiro poderoso e experiente, pois o golpe foi fatal. Foram encontrados três ferimentos nos ossos, que indicam os locais atacados. A intensidade da lesão indica que o príncipe teria sido esfaqueado quando ficou de pé contra a parede, ou talvez, deitado no chão.

O arqueólogo Harald Meller anunciou que os resultados completos da pesquisa realizada no esqueleto serão publicados no primeiro semestre de 2019.