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Notícias / Arqueologia

Encontrado câncer de osso em fóssil de 240 milhões de anos

O ancestral pré-histórico das tartarugas apresentou a mais antiga evidência de um tumor maligno em um amniota

Alana Sousa Publicado em 13/02/2019, às 17h00

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Ancestral pré-histórico da tartaruga - Reprodução
Ancestral pré-histórico da tartaruga - Reprodução

Um fóssil de 240 milhões de anos da tartaruga-caule- sem-fim (Pappochelys rosinae), um ancestral pré-histórico das tartarugas, foi recuperado no sudoeste da Alemanha em 2013. Entretanto, apenas agora foi concluída uma pesquisa feita pela equipe de paleontologistas que estudaram afundo o osso do animal. Os resultados foram publicados na revista médica JAMA Oncology.

A análise foi feita a partir de uma micro tomografia computadorizada, uma técnica de imagem que fornece uma visão tridimensional detalhada dentro de um objeto. A decisão de submeter o osso encontrado, o fêmur esquerdo, veio após detectar algo de anormal presente no fóssil. "Quando vimos que isso não era uma ruptura ou uma infecção, começamos a procurar outras doenças causadoras de crescimento", conta Yara Haridy, paleontóloga do Museu Humboldt, em Berlim.

Câncer ósseo maligno;Reprodução

O que os resultados mostraram foi a evidência mais antiga de câncer de osso já detectada em um amniota - grupo que inclui mamíferos, aves e répteis. O tumor maligno chamado de osteossarcoma periosteal confirma que antigos animais do período Triássico tinham câncer. “É quase óbvio que os animais antigos teriam câncer, mas é muito raro encontrarmos evidências”, explica Haridy.

O tumor, que é bem parecido com um tumor humano, é uma descoberta histórica, e que mostra “uma vulnerabilidade à mutação profundamente enraizada em nosso DNA”, finaliza Haridy.