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Notícias / Idade Média

Exposição relembra que o homem mais rico da História era negro

Um atlas catalão de 644 anos registrou o poder do imperador Mansa Musa do Mali

Alana Sousa Publicado em 31/01/2019, às 16h00 - Atualizado às 17h24

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 Detalhe do Atlas que mostra o homem mais rico já conhecido - Biblioteca Nacional da França
Detalhe do Atlas que mostra o homem mais rico já conhecido - Biblioteca Nacional da França

O Atlas Catalão é um mapa medieval que foi feito em meados de 1375, é um dos artefatos mais importantes da Biblioteca Nacional da França. O mapa mostra a Europa Medieval e parte do Mediterrâneo, e agora a partir de uma nova reprodução estudiosos conseguiram aprender um pouco mais sobre a riqueza da África Medieval.

O mapa faz parte de uma nova exposição no Block Museum of Art, na Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. O objetivo da exposição é quebrar estereótipos sobre a cultura africana, e o que mais chamou atenção dos organizadores da amostra é um importante detalhe do objeto: um rei da África Ocidental segurando uma moeda de ouro. Ele era Mansa Musa, possivelmente a pessoa mais rica a andar sobe o mundo.

O Atlas catalão retrata Mansa Musa ;Biblioteca Nacional da França

A exposição "Caravanas de Ouro" destaca a enorme riqueza e influência da África durante a Idade Média. Mansa Musa era imperador do Mali durante o século 14, possuindo total controle da produção de outro da região. Segundo entrevista concedida à AH, uma das curadoras do museu, Kathleen Bickford Berzock, diz que como governante do Império do Mali, Mansa Musa controlava o acesso a recursos de ouro que no período eram considerados os mais puros e valiosos do mundo.

 "As fontes árabes do período nos dizem que os reis do Mali cobraram impostos consideráveis sobre o ouro no reino, de modo que, essencialmente, ele tinha acesso a recursos de ouro quase que ilimitados". acrescenta ela. Berzock também nos conta uma curiosidade sobre o imperador na época do aude de sua riqueza: "Fontes árabes também nos dizem que quando Mansa Musa viajou para Meca em uma peregrinação, ele distribuiu tanto ouro durante sua jornada que teve um impacto sobre o valor do ouro no mercado", finaliza a curadora.

Outros artefatos confirmam a África como uma das principais rotas de comércio na Idade Média. Tinha uma rica cultura de escultura, arte têxtil, além de outras produções que sobrevivem até hoje. Alguns exemplos expostos na exposição são: uma figura sentada na Nigéria feita de cobre - provavelmente era extraído na Europa. E Moldes de moedas do Mali, que ainda contêm partículas do ouro do dinar, moeda dominante no período.


Com informações de Live Science , Chicago Tribune