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Notícias / Brasil

Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe, é consagrado como o cientista mais influente do mundo

O físico, que enfrentou Bolsonaro sobre as queimadas da Amazônia, foi premiado pela renomada revista Nature. Na lista aparece também a ativista sueca Greta Thunberg — atacada recentemente pelo presidente

Alana Sousa Publicado em 18/12/2019, às 14h00

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Ricardo Galvão - Arquivo Pessoal/Divulgação
Ricardo Galvão - Arquivo Pessoal/Divulgação

A célebre revista científica Nature divulgou ontem, 17, a lista dos dez cientistas e ativistas mais importantes do ano. Entre os nomes citados os destaques ficam com Greta Thunberg, de 16 anos — escolhida como a pessoa do ano pela revista Time — e, no topo do ranking, Ricardo Galvão, ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais), que foi demitido do cargo após enfrentar publicamente o presidente Jair Bolsonaro sobre as queimadas na Floresta Amazônica.

“A nossa lista mostra alguns dos momentos mais importantes do ano para a ciência e destaca pessoas que tiveram papéis importantes nestes eventos. As histórias vão desde a primeira demonstração de um computador quântico que supera as máquinas convencionais, até os esforços para combater as mudanças climáticas, o desmatamento e a epidemia do ebola na África”, disse Rich Monastersky, editor-chefe da Nature.

Em agosto deste ano, Galvão entrou em um embate público contra Bolsonaro, após este afirmar que os dados divulgados pelo Inpe sobre o desmatamento da floresta eram mentirosos. O físico, que estava na direção do instituto desde 2016, rebateu os comentários e mais uma vez reafirmou o crescimento de áreas desmatadas. Em seguida foi exonerado de suas funções, que oficialmente terminariam apenas no ano que vem.

Agora, Ricardo Galvão é premiado como o cientista mais influente do mundo, ficando acima de estudiosos como a ecologista Sandra Díaz, que mostrou em sua pesquisa o risco de extinção de cerca de um milhão de espécies; Jean-Jacques Muyembe Tamfum, microbiologista líder na luta contra o fatal vírus Ebola; e o paleontólogo, Yohannes Haile-Selassie, que descobriu o crânio mais bem preservado e antigo, com cerca de 3,8 milhões de anos.