Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Astronomia

Novo estudo aponta que Marte tinha metade da água do Oceano Atlântico há 4 bilhões de anos

A pesquisa ainda trouxe revelações importantes sobre o destino dessa grande quantidade de água

Alana Sousa Publicado em 18/03/2021, às 11h40

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Superfície do planeta vermelho - Getty Images
Superfície do planeta vermelho - Getty Images

Um novo estudo publicado na última terça-feira, 16, realizado em parceria pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) e o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), traz novas revelações sobre a quantidade de água que Marte já teve.

Segundo os especialistas, há 4 bilhões de anos o Planeta Vermelho tinha água suficiente para cobrir toda sua extensão. Em comparação, a quantidade seria equivalente à metade do Oceano Atlântico da Terra.

O mar de Marte tinha entre 100 e 1.500 metros de profundidade, hoje de 30% e 99% dessa água está presa na crosta do corpo celeste. A principal teoria sugere que, devido à baixa gravidade, o líquido ficou aprisionado entre os minerais do planeta, enquanto outra parte foi perdida na atmosfera.

“Como temos medições de várias espaçonaves, podemos ver que Marte não recicla e, portanto, a água agora está presa na crosta ou foi perdida para o espaço”, disse o cientista do Programa de Exploração de Marte da NASA, Michael Meyer.

Eva Scheller, uma das autoras da pesquisa, explicou que toda a água “ficou presa muito cedo, e depois nunca mais saiu”. Entretanto, ela acrescenta que “o escape atmosférico não explica totalmente os dados que temos sobre a quantidade de água que realmente existiu em Marte”.

Os primórdios do sistema solar

Alguns corpos do sistema solar são conhecidos desde a Antiguidade, já que são visíveis a olho nu. Mas foi apenas anos depois que o homem começou a entender o que realmente se passa no céu – inclusive a perceber que a Terra não era o centro do Universo. 

Ptolomeu, astrônomo de Alexandria, lançou a teoria de que a Terra é o centro do Universo e os corpos celestes giram em torno dela. Além do Sol e da Lua, já eram conhecidos Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno – todos vistos a olho nu. Por conta da cor, Marte recebeu dos romanos o nome do deus da guerra. Na Ásia, era a “Estrela de Fogo”. No Egito, “O Vermelho”.

Já outro grande momento se deu com o polonês Nicolau Copérnico, que virou o mundo do avesso ao elaborar, a partir de 1514, uma teoria que corrigia as ideias de Ptolomeu (e também do filósofo Aristóteles). A Terra não é o centro do Universo: é apenas um planeta que gira em torno do Sol. Nascia a teoria heliocêntrica.

Em 1610, Galileu Galilei descobriu quatro satélites de Júpiter, entre eles Ganimedes (a maior lua do sistema solar). Ele tornou-se um defensor da teoria de Copérnico e acabou julgado pela Inquisição. Para não ser condenado, declarou que a teoria era apenas uma hipótese e deu um tempo nos estudos – só retomados sete anos mais tarde.