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Fim do universo: estudo revela que catástrofe terá explosões de anãs negras

O cenário será "triste, solitário e frio", conforme descreveu em comunicado o autor da pesquisa, o astrônomo Matt Caplan

Vanessa Centamori Publicado em 17/08/2020, às 10h19

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Representação de uma anã negra - Divulgação/NASA/JPL-Caltech
Representação de uma anã negra - Divulgação/NASA/JPL-Caltech

O fim do universo será um cenário "triste, solitário e frio", segundo contou o astrônomo Matt Caplan, em comunicado da Universidade Estadual de Illinois, dos Estados Unidos. E mais que isso, segundo uma pesquisa feita por ele, o acontecimento pós-apocalíptico contará com uma assustadora explosão de estrelas anãs negras. 

Na ocasião, a Terra já não terá mais vida e, conforme a teoria da morte térmica do Cosmos, haverá buracos negros e estrelas extintas. Entretanto, conforme informou a GALILEU, o novo estudo modifica um pouco essa antiga hipótese e aponta também que essa mesmice será interrompida vez ou outra pelas explosões das anãs negras. 

Essas últimas são nada mais que anãs brancas, que esfriaram e se tornaram negras, durante trilhões de anos antes do fim absoluto do universo. Anteriormente a essa "transformação", as anãs brancas não podiam explodir, ou seja, o ferro no núcleo dos astros não se acumulava ao ponto delas estourarem.

Porém, as novas características dos corpos celestes negros as permitem terem reações em seus núcleos. Assim, as explosões (chamadas de supernovas) podem ocorrer nas temperaturas baixas do colapso do universo. "A fusão acontece, mesmo em temperatura zero, só leva muito tempo", resumiu Caplan.

Os resultados do estudo do pesquisador já foram aceitos e serão publicados no jornal científico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society. Na pesquisa, ele calculou quanto tempo as reações do núcleo das estrelas negras demoram para produzirem ferro o suficiente para que esses astros possam explodir. 

Muito provavelmente, não haverá humanos quando a catástrofe final ocorrer: a primeira supernova de anã negra está marcada para ocorrer daqui 10^1100 anos. "[Esse número] equivale a dizer a palavra 'trilhão' quase cem vezes", explicou o autor da descoberta. "Se você o escrevesse, ocuparia quase uma página. É assustadoramente distante no futuro."