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Notícias / Astronomia

O que acontecerá com “asteroide mais arriscado conhecido pela humanidade"?

Sua colisão com a Terra poderia causar danos equivalentes à bomba nuclear lançada em Hiroshima; o que cientistas dizem?

Éric Moreira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 01/07/2022, às 11h01

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Imagem ilustrativa - A. Owen via Pixabay
Imagem ilustrativa - A. Owen via Pixabay

Em agosto de 2021, um asteroide foi descoberto por pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA), e que veio a se tornar motivo de grande preocupação por eles. Segundo os responsáveis, diversos cálculos apontavam que ele estaria em rota de colisão com a Terra, evento que poderia acontecer em 2052.

O asteroide, apelidado de 2021 QM1, acabou por se tornar, em dado momento, "o asteroide mais arriscado conhecido pela humanidade", segundo a própria ESA, como informado pela revista IstoÉ.

Com cerca de 50 metros de largura, o impacto com a Terra poderia causar danos equivalentes à bomba nuclear lançada em HIroshima no fim da Segunda Guerra Mundial.

Estas primeiras observações deram-nos mais informações sobre a trajetória do asteroide, que projetamos para o futuro", disse Richard Moissl, chefe de defesa planetária da ESA, em um comunicado.

"Poderíamos ver seus futuros caminhos ao redor do Sol e, em 2052, ele poderia se aproximar perigosamente da Terra. Quanto mais o asteróide era observado, maior o risco se tornava."

Asteróide mais complicado?

Posteriormente, o asteroide sumiu durante vários meses, ao se aproximar do Sol. Logo, como os astrônomos sabiam que ele estaria muito longe quando pudesse ser visto novamente, solicitaram a ajuda do Very Large Telescope — instalação localizada no deserto do Atacama, no Chile, e de responsabilidade do Observatório Europeu do Sul (ESO) —, maior conjunto de telescópios óticos do mundo.

Vista aérea do Very Large Telescope, da ESO
Vista aérea do Very Large Telescope, do ESO / Foto por European Southern Observatory pelo Wikimedia Commons

Tínhamos uma breve janela para detectar nosso asteroide arriscado", disse Olivier Hainaut, astrônomo da ESO, em comunicado.

"Para piorar as coisas, ele estava passando por uma região do céu com a Via Láctea logo atrás. Nosso pequeno e fraco asteróide teria que ser encontrado contra um pano de fundo de milhares de estrelas. Estas seriam algumas das as observações de asteróides mais complicadas que já fizemos", prossegue.

A campanha de observação do 2021 QM1 acabou por fornecer dados suficientes para que o cálculo de sua órbita pudesse ser refeito, o que terminou por descartar a colisão prevista anteriormente para 2052.