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Notícias / Igreja

O que o Papa pensa sobre a legalização do aborto na Argentina?

De acordo com o líder da igreja católica, o procedimento é um assunto de ‘ética humana’

Redação Publicado em 12/01/2021, às 12h54

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Fotografia do Papa Francisco - Getty Images
Fotografia do Papa Francisco - Getty Images

Em 30 de dezembro de 2020, após uma votação no Senado, o governo da Argentina aprovou o projeto de lei que legaliza o aborto nas primeiras 14 semanas de gestação.

A decisão se deu após a maioria do Senado concluir que se trata de um tema de saúde pública. “A criminalização do aborto não serviu de nada. Só permitiu que os abortos continuem sendo realizados, de forma clandestina e com números preocupantes", afirmou o presidente da Argentina, Alberto Fernández.

Desde então, pessoas contrárias a essa decisão cobram um posicionamento do líder da Igreja Católica, o papa Francisco (muitos comentários na página da Aventuras na História, inclusive, perguntaram sobre a opinião do religioso). Sabe-se que a instituição é conhecida por se manifestar veementemente contra a legalização do aborto.

Durante esse período, alguns fiéis alegam que o pontífice não se manifestou sobre o assunto, gerando controversas e polêmicas.

Mulheres favoráveis à legalização na Argentina / Crédito: Getty Images

Respostas

Um dia após a decisão do governo da Argentina, o papa falou sobre a valorização da vida durante a última audiência geral do Vaticano de 2020. Sem mencionar diretamente o caso argentino Francisco disse: “Todos nós nascemos porque alguém nos desejou a vida”. Logo após, o católico passou a ser mais pressionado.

De acordo com reportagem da ACI digital, em uma carta divulgada em dezembro durante a Conferência Episcopal Argentina, o papa Francisco respondeu a tal pergunta sobre o motivo de supostamente não enviar à Argentina sua opinião sobre o aborto.

Na carta, o Santo Padre informou que entre as diversas correspondências que recebeu estavam pedidos de “gente que está na política” da Argentina, para falar sobre “o problema do abordo”.

O homem se justificou dizendo que respondeu ao ocorrido como “sempre fez”. Mas, afirmou que o assunto do aborto "não é primariamente religioso, e sim humano, um assunto de ética humana anterior a qualquer confissão religiosa”.

“Acho engraçado quando alguém diz: Por que o papa não envia à Argentina a sua opinião sobre o aborto? Pois estou enviando-a para todo o mundo, inclusive para a Argentina, desde que sou papa”, continuou o pontífice.

Ainda sobre o tema, o católico pediu para os fiéis que o cobram sobre uma resposta façam a si mesmo alguns questionamentos: “É justo eliminar uma vida humana para resolver um problema? É justo contratar um matador de aluguel para resolver um problema?”, disse Francisco.

Polêmicas e pedidos

Ao contrário do que muitos pensam, essa não é a primeira vez que o católico faz declarações sobre seu posicionamento contrário ao aborto. No ano de 2016, o Santo Padre proferiu uma de suas mais duras falas sobre o tema:

“O aborto não é um ‘mal menor’. É um crime. É descartar um para salvar o outro. É aquilo que a máfia faz. É um crime. É um mal absoluto”, afirmou o homem na ocasião.

Papa Francisco / Crédito: Wikimedia Commons

O religioso se envolveu em mais uma polêmica quando denunciou em setembro de 2020, durante a 75ª Assembleia Geral da ONU, que muitos “países e instituições internacionais estão promovendo o aborto como um dos chamados 'serviços essenciais' na resposta humanitária”.

“É triste ver como se tornou simples e conveniente, para alguns, negar a existência da vida como solução para problemas que podem e devem ser resolvidos tanto para a mãe como para o nascituro”.

Contudo, fora das brigas religiosas, os países que são a favor da legalização justificam a decisão afirmando que o aborto não é uma questão que deve ser resolvida pela Igreja, já que se trata de saúde pública. 

Com base em dados e pesquisas, os países que legalizaram o procedimento concluíram que a legalização ajuda a salvar vidas de mulheres, além de preservar suas condições de reprodução — que muitas vezes são colocadas em risco durante o procedimento clandestino.


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