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Notícias / Ciência

"Energia nuclear competitiva e flexível": Entenda o projeto do reator nuclear de Bill Gates e Warren Buffett

Gates e Buffett anunciaram recentemente um novo modelo de reator nuclear, o Natrium, que acreditam ser uma "virada de jogo para a indústria de energia"

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 10/06/2021, às 17h28

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O bilionário Bill Gates em 2019 - Getty Images
O bilionário Bill Gates em 2019 - Getty Images

Na última quarta-feira, 9, uma novidade científica e tecnológica foi anunciada durante uma coletiva de imprensa que contou com os bilionários Bill Gates e Warren Buffett. Em conjunto, os dois desenvolveram um novo modelo de reator nuclear de nome Natrium.

O reator será um produto realizado por uma parceria das empresas TerraPower, criada por Gates, e PacifiCorp, de Buffet. O motivo para a colaboração está de acordo com inúmeras metas estabelecidas na atualidade: combater as mudanças climáticas que vem afetando o planeta persistentemente. 

Gates já demonstrou que está interessado em colaborar para o propósito, e um exemplo disso é a criação do Natrium. Durante a cerimônia de apresentação, ele afirmou: “Acreditamos que o Natrium será uma virada de jogo para a indústria de energia”.

Energia renovável

Modelo do reator / Crédito: Divulgação/Terrapower

Como explicou o The Guardian, existem especialistas que consideram o tipo de reator que os bilionários estão tentando desenvolver como “uma tecnologia livre de carbono”, ou seja, que não libera gases de efeito estufa. 

Isso porque pequenos reatores, que possuem maior tecnologia, consomem combustíveis diferentes dos equipamentos já existentes, principalmente devido ao fato de serem bastante avançados.

Os novos reatores poderão ser usados em conjunto com outras fontes de energia renovável, como solar ou eólica, quando há uma produção baixa. 

Em seu site, a empresa TerraPower explica que “o reator Natrium e seu sistema de energia integrada redefinem o que a energia nuclear pode ser: competitiva e flexível". O Fórum da Indústria Nuclear Espanhola também aponta que o "Natrium é uma nova tecnologia que pretende simplificar os tipos de reatores já existentes".

O reator deverá funcionar usando urânio empobrecido ou urânio natural como combustível, que irá articular um reator de sódio com um sistema de armazenamento de energia à base de sais fundidos. Tudo isso será capaz de produzir 345 megawatts.

Durante um pico de demanda de energia, o Natrium será capaz de aumentar sua potência consideravelmente, chegando a 500 MW de eletricidade, o que pode ser usado por aproximadamente 400 mil casas. 

Expectativas

Segundo a TerraPower, as usinas do Natrium chegarão a custar por volta de US $ 1 bilhão. O presidente da empresa, como repercutiu a BBC, afirmou ainda que serão necessários sete anos de obras para a criação do projeto piloto. Chris Levesque disse: "Precisamos desse tipo de energia limpa no sistema nos anos de 2030".

Sabe-se ainda que o primeiro modelo será abrigado no estado americano de Wyoming, que, como lembra a Reuters, é o principal produtor de carvão dos Estados Unidos. A planta-piloto deverá ser construída em uma usina de carvão desativada que ainda será determinada. 

O próprio governador do estado, Mark Gordon, esteve presente na coletiva de imprensa do lançamento do Natrium. Ele afirmou: “Este é o nosso caminho mais rápido e claro para nos tornarmos negativos em carbono”.

Em seu Twitter, Gordon completou que “esse pequeno reator modular fornecerá energia sob demanda e resultará em uma redução geral nas emissões de CO2. Também criará centenas de empregos bem remunerados por meio da construção e operação da unidade".

Críticas ao reator

Como relatou o site Business Insider, a empresa responsável pela tecnologia recebeu financiamento do Departamento de Energia, com o projeto participando do Programa de Demonstração de Reatores Avançados do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

No entanto, ainda existem incertezas quanto aos riscos de se produzir reatores tão avançados. Para Edwin Lyman, diretor da UCS (União de Cientistas Preocupados, em tradução livre), “não está nada claro que [as tecnologias desses reatores] sejam melhores” que as dos reatores atuais.

A organização sem fins lucrativos publicou um relatório apontando os possíveis perigos da nova tecnologia. "Em muitos casos, são piores em termos de segurança, possibilidade de acidentes graves e proliferação nuclear", disse Lyman.


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