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Notícias / Brasil

Órgão da ONU investigará casos de violência policial no Brasil

Por solicitação de um grupo ativista do país, a situação chama atenção internacional

Redação Publicado em 02/06/2022, às 07h58

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Imagem ilustrativa - Getty Images
Imagem ilustrativa - Getty Images

Um gabinete criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em vias de examinar casos de racismo e violência policial, pensada depois do famoso caso de George Floyd, irá examinar a situação do Brasil após a morte de Genivaldo Santos — asfixiado em carro da polícia — e a chacina da Vila Cruzeiro.

As denúncias foram entregues pela Comissão Arns, na segunda-feira, 30, em busca de pressionar as maiores forças públicas do país a mudar suas posturas.

Três peritos do novo órgão ONU receberam as alegações. A sul-africana Yvonne Mokgoro, a americana Tracie Keesee e o argentino Juan Méndez. O documento alega que os casos não são isolados e que negligência levanta margem para discussões acerca de uma seleção de quais pessoas sofrerão mais violência em possíveis ações policiais.

Na carta enviada, é solicitada à entidade e ao seu órgão uma "investigação rápida e imparcial dos assassinatos" para que, em um julgamento imparcial e livre de pendências, sejam esclarecidas as ações que o grupo de ativistas consideram racistas.

Outros pedidos na mesma mensagem

O escrito ainda solicita a ajuda ativa para três outras vertentes que entrem à fundo no problema estrutural do país.

Em primeiro lugar, há o pedido para a elaboração de "uma análise minuciosa da discriminação racial envolvida no massacre", além da apresentação de "medidas para erradicar as causas subjacentes que levam à execução desproporcional de pessoas de ascendência africana pelas forças policiais".

Há ainda a solicitação de pressão do governo brasileiro sobre "a necessidade de refletir estruturalmente sobre outras abordagens que erradicam a prática das execuções pelas forças policiais, em particular contra pessoas de ascendência africana que vivem em áreas desprivilegiadas".

Por fim, é pedido que as autoridades prestem "desculpas formais" diante das mortes e da ofensiva. "Os massacres passaram a fazer parte do cotidiano da população pobre e negra da região do Grande Rio de Janeiro, afetando muitos dos bairros mais pobres e negros desta região metropolitana", avisa o grupo.