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Notícias / Henry Borel

Os relatos de Jairinho sobre a noite em que Henry Borel morreu

Ex-vereador relembra noite da morte do menino e tenta se inocentar nesta segunda-feira, 13

Redação Publicado em 13/06/2022, às 19h27

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Dr. Jairinho em depoimento nesta segunda-feira, 13 - Divulgação/Brunno Dantas e Felipe Cavalcanti/TJRJ
Dr. Jairinho em depoimento nesta segunda-feira, 13 - Divulgação/Brunno Dantas e Felipe Cavalcanti/TJRJ

Voltou a ser interrogado nesta segunda-feira, 13, o ex-vereador Jairo dos Santos Souza, o Dr. Jairinho, no plenário do Segundo Tribunal do Júri do Rio. Ele já havia falado em audiência no dia 9 de fevereiro, mas só fez isso durante 10 minutos. No depoimento desta segunda, Dr. Jairinho detalhou o que aconteceu no dia 8 de março de 2021, dia da morte de Henry Borel

De acordo com o ex-vereador, o menino adormeceu vendo série no quarto de hóspedes e só se recorda de ter sido acordado por Monique para socorrer Henry. "Naquele momento, o Henry estava no colo da Monique, respirando mal e com as mãozinhas geladas. Eu boto a roupa que eu tinha, imediatamente nós a levamos até o Barra D'Or", afirmou ele.

Jairinho também comentou sobre o momento que tentou socorrer o enteado no elevador: "Assim que vimos o Henry passando mal, nós socorremos ele. Eu tento de maneira instintiva fazer a prestação de socorro. Foi uma situação de muito pânico para a gente".

Elizabeth Machado Louro, juíza responsável pelo caso, questionou sobre o tempo levado até a chegada ao hospital, pois, o circuito interno do elevador do condomínio onde morava, marcava 4h09, e o início do atendimento de Henry Borel no hospital Barra D’Or consta 4h29. Jairinho respondeu que talvez o horário do circuito interno de gravação do elevador estivesse errado.

A audiência

Depois de um atraso de duas horas, devido a um bate-boca entre os advogados de defesa e a juíza Elizabeth Machado Louro, a audiência começou a pedido da magistrada. Logo no início do depoimento, o ex-vereador negou o envolvimento na morte do menino. "Eu, definitivamente, eu juro por Deus que eu nunca encostei em nenhuma criança. Eu nunca fiz isso na minha vida", disse ele.

"Isso é característica de uma criança que é agredida?", diz Jairinho sobre um momento em que Henry teria gritado "Tio Jairinho, Tio Jairinho", pulado no colo dele e lhe dado um beijo.

Ele ainda contou como foi o atendimento médico de Henry no local e afirmou ser impossível uma criança ser atendida e liberada com algum sinal de violência sem ninguém ter visto. Ele pediu as imagens das câmeras do hospital Barra D’Or para que o mostre chegando com Henry sem sinais de agressão.

Jairinho também reforçou que as 23 lesões do corpo de Henry seriam fruto das manobras de reanimação no hospital Barra D’Or. “Rogo que a juíza e o promotor peçam essas imagens porque elas demonstram a minha inocência”, pede ele ao reiterar sua inocência.