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Notícias / Arqueologia

Ossada de 2,5 mil anos com ornamento de ouro é descoberta na Rússia

O esqueleto contendo um detalhe peitoral e um espelho de bronze foi encontrado em uma tumba no Vale Siberiano dos Reis

Isabela Barreiros Publicado em 21/02/2022, às 12h02

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Esqueleto encontrado pelos pesquisadores na Sibéria - Divulgação/Igor Pieńkos
Esqueleto encontrado pelos pesquisadores na Sibéria - Divulgação/Igor Pieńkos

Foi encontrado no Vale Touran-Uyuk, na Sibéria, conhecido também como Vale Siberiano dos Reis, um esqueleto de 2,5 mil anos contendo um ornamento peitoral de ouro, acompanhado de um espelho de bronze.

A descoberta, anunciada pelo Ministério de Educação e Ciência da Polônia em janeiro deste ano, foi feita por uma equipe russo-polonesa no sítio arqueológico Chinge-Tey, ao norte de Tuva, onde está localizada uma série de túmulos, incluindo alguns atribuídos à realeza.

Detalhes do ornamento encontrado / Crédito: Divulgação/Igor Pieńkos

O esqueleto foi encontrado dentro de um compartimento parecido com um carrinho de mão, ao lado de outros ossos. O primeiro trata-se de uma mulher que morreu com por volta dos 50 anos de idade, enquanto o último era de uma criança que faleceu entre os 2 ou 3 anos.

Entre os artefatos identificados dentro da tumba, estavam o ornamento peitoral em forma de foice ou lua, que havia sido colocado no pescoço da mulher, além de itens feitos de ouro, um pente de madeira e uma faca de ferro.

O mais impressionante para os pesquisadores envolvidos no achado foi o ornamento pendurado no pescoço do esqueleto, que, até então, havia sido encontrado apenas em túmulos de homens.

Esqueleto descoberto pelos arqueólogos / Crédito: Divulgação/Igor Pieńkos

“Eles eram considerados símbolos de pertencimento a um grupo social, casta, talvez a guerreiros”, explicou Łukasz Oleszczak, líder da expedição polonesa, em comunicado, como repercutiu a revista Galileu.

Ele acrescentou: “Em todo caso, homens. Sua presença no túmulo de uma mulher é um desvio muito interessante desse costume. Isso certamente confirma o papel único da falecida na comunidade do Vale dos Reis.”

Pertencente a povos guerreiros citas, da cultura Aldy-Bel, a mulher foi enterrada no centro da sepultura, que deveria pertencer a um príncipe nômade. Para Oleszczak, “parece que, como os outros enterrados neste túmulo, ela pertencia à comitiva do príncipe”.