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Ouvido médio humano evoluiu de brânquias de peixes, aponta estudo

A descoberta veio de pesquisa de mais de 2 anos e foi bastante celebrada por biólogos, confira!

Alan de Oliveira | @baco.deoli sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 21/06/2022, às 11h58

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Foto tirada de peixes trafegando no mar - Getty Images
Foto tirada de peixes trafegando no mar - Getty Images

Novas evidências fósseis apontam que para a origem do ouvido médio humano ao longo da evolução, o processo tenha sido desenvolvido a partir de brânquias de peixes. A explicação para esse fato inusitado está na publicação da revista ‘Frontiers in Ecology and Evolution’, no mês de junho.

Conforme a apuração dos fatos feitos pela revista ‘Galileu’, já existiam indicações de que o ouvido médio evoluiu de um orifício de respiração de peixe, chamado espiráculo. Novas pesquisas lançam luz sobre a formação dessa questão, apontando que ele foi criado por brânquias.

Por isso, cientistas do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (da sigla, em inglês, IVPP) da Academia Chinesa de Ciências, junto de colaboradores, estudaram dois fósseis de peixe: um crânio de Shuyu de 438 milhões de anos e o primeiro fóssil descoberto de Galeaspida, com 419 milhões de anos. Nos primeiros resultados, os ossos mostraram coincidências de que o membro se originou das brânquias.

Muitas estruturas importantes dos seres humanos podem ser rastreadas até nossos ancestrais peixes, como nossos dentes, mandíbulas, orelhas médias, etc. A principal tarefa dos paleontólogos é encontrar os importantes elos perdidos na cadeia evolutiva dos peixes aos humanos”, diz Min Zhu, um dos principais autores do estudo.

Explicações para a hipótese

No Polypterus, peixe ósseo vivo mais primitivo, os espiráculos são ferramentas para a sua respiração. Ao longo da evolução, porém, eles foram substituídos nos animais que passaram a realizar a respiração pelos meios mais normais de vida terrestre, como o nariz e a boca.

Quando a estrutura é usada para respirar, ela não pode ouvir o som. Mais tarde, nos tetrápodes modernos (seres com quatro membros), o espiráculo tornou-se o canal auditivo para transmitir o som ao cérebro, através dos minúsculos ossos do ouvido interno.

Essa função esteve presente na evolução até chegar aos humanos. Segundo os pesquisadores, apenas os quadrúpedes perderam sua função de inalação e “evoluiu para uma orelha média tampada com tímpano”.

Notavelmente, isso aconteceu pelo menos três vezes em paralelo, em anfíbios, répteis, incluindo aves e mamíferos” afirmam os autores do estudo.

Você pode conferir a pesquisa inteira por meio deste link.