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Notícias / Daniella Perez

'Pacto Brutal': Diretores comentam fotos que mostram Daniella Perez morta

Em série documental disponível na HBO Max, diretores comentam sobre detalhes mostrados em relação a morte de Daniella Perez

Redação Publicado em 02/08/2022, às 18h03

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Foto de Daniella Perez - Divulgação
Foto de Daniella Perez - Divulgação

A HBO Max lançou a série documental ‘Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez', que foi morta aos 22 anos em 28 de dezembro de 1992, e traz à tona detalhes sobre um dos crimes mais brutais, que aconteceu há 30 anos.

A série, dirigida por Tatiana Issa e Guto Barra, apresenta depoimentos dolorosos da mãe da atriz,Gloria Pereza, além de fotos chocantes do corpo da jovem, morta pelo colega de novela Guilherme de Pádua e pela então esposa dele, Paula Thomaz, que na época estava grávida de quatro meses.

Em entrevista à Band, os diretores explicaram o por que do documentário exibir fotos do momento em que o corpo da atriz foi encontrado.

Em um primeiro momento nos perguntamos se deveríamos mostrar as fotos do crime, que são tão chocantes. Mas a Gloria sempre achou importante mostrá-las justamente para que as pessoas pudessem ver e relembrar a brutalidade bárbara e cruel que foi esse crime e o que fizeram com a filha dela”, afirma Tatiana.

Ela também enfatiza todas as pesquisas e cuidados tomados com a produção: “As pesquisas foram feitas com muito cuidado, muito estudo, baseadas sempre nos autos do processo. Nos debruçamos em todos os documentos, laudos, em toda a cobertura feita na época e nos arquivos pessoais da Gloria”, ressalta.

A atriz Daniella Perez, se encontrava no auge de seu carreira e interpretava a jovem Yasmin na novela 'De Corpo e Alma", escrita pela mãe, Guilherme de Pádua interpretava o personagem Bira, par romântico de Yasmin.

A diretora Tatiana, contou sobre as versões que foram implantadas pelos criminosos e levadas ao julgamento pela defesa.

“O que sempre chocou a Gloria e a família era o uso constante das fotos da novela com os personagens Bira e Yasmim, dando margem para versões mentirosas e machistas que foram perpetuados durante tantos anos”.

Na época do assassinato, Guilherme de Pádua declarou em uma entrevista que Daniella Perez estava apaixonada por ele, mas ele teria negado, já que os dois eram casados - o que foi negado pelo documentário da HBO.

Após Paula Thomaz descobrir sobre "assédio", ficou com ciúmes e quis conversar com a atriz sobre o caso, mas as duas acabaram discutindo e tudo ocorreu de uma forma inesperada.

“É imprescindível que a série consiga esclarecer de uma vez por todas que isso [o romance entre vítima e assassino] nunca aconteceu. Essa narrativa faz parte de um viés sempre machista, de tentar culpabilizar a vítima, transformar os fatos a favor dos criminosos, perpetuar inverdades, muitas vezes convenientes para vender revistas e jornais. Isso precisa acabar. A série se baseia nos autos do processo, nos julgamentos de ambos e na verdade do crime”, afirmou Tatiana.

Documentário mostra novos casos do crime

O documentário detalhou como o crime feito por Guilherme de Pádua foi premeditado e que um dos motivos era o rancor pela Gloria Perez, por fazer o seu personagem perder relevância ao passar da novela. Além disso, ficou claro que Paula Thomaz sentia inveja e ciúme possessivo de Daniella.

A atriz foi vítima de uma emboscada em um posto de gasolina próximo ao local onde aconteciam as gravações de “De Corpo e Alma”. Depois de abastecer seu carro, Daniella foi cercada pelo veículo em que estava o casal Guilherme e Paula. O ator agrediu a atriz com um soco, a colocou desmaiada no veículo dele e junto com esposa, levaram para um matagal próximo ao estúdio onde era gravada a novela.

O documentário trouxe outro fato que desmente as versões de Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, na época, foi informado que a atriz foi morta com uma tesoura, porém, a arma usada para matar a atriz foi um punhal.

Depoimentos do documentário

Além de Gloria e de Raul Gazolla, 'Pacto Brutal' ouviu outros depoimentos de familiares e amigos da atriz, como Fábio Assunção, Cristiane Oliveira e Stênio Garcia - que contracenavam com Daniella em “De Corpo e Alma" - promotores, investigadores, juízes, advogados, jornalistas que cobriram o caso e entre outros.

No documentário da HBO Max, Tatiana e Guto Barra, buscaram conta com cuidado e sensibilidade os fatos do crime, mas sempre trazendo a verdade.

“Nosso maior objetivo era resgatar a Daniella com a maior sensibilidade possível, com cuidado. Era mostrar a dor daquela mãe e daquela família devastada por aquele crime tão brutal. Na direção da série, procuramos colocar de forma sutil o contraste entre a delicadeza da Dani e a brutalidade do crime. Dar voz a dor da Gloria através do respeito”, afirmam os diretores.

Em 1997, cinco anos depois da morte da atriz, Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, foram condenados a 19 anos de prisão por homicídio qualificado, mas ganharam liberdade condicional em 1999 por bom comportamento. Atualmente, Guilhermemora em Belo Horizonte (MH) onde é pastor, e Paula reside no Rio de Janeiro.


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