Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Pandemia

Papa Francisco compara declarações populistas atuais com discursos de Adolf Hitler

Em referência às medidas contra a pandemia do coronavírus, que priorizam a economia, o líder católico ainda disse que crise é resultado das mudanças climáticas

André Nogueira Publicado em 09/04/2020, às 12h38

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Francisco, que era cardeal jesuíta - Wikimedia Commons
Francisco, que era cardeal jesuíta - Wikimedia Commons

Em entrevista ao site britânico The Tablet, o papa Francisco afirmou que os discursos de líderes populistas na Europa sobre as saídas da crise do coronavírus o lembram das palavras do líder nazista Adolf Hitler. Para ele, as decisões desses políticos privilegiam a economia em detrimento do povo.

“Nesta época na Europa, quando estamos começando a ouvir discursos populistas e somos testemunhas de decisões políticas seletivas, é muito fácil lembrar dos discursos de Hitler em 1933”, afirmou ele.

Apesar de alguns acertos reconhecidos pelo pontífice, ele revela que “todo o nosso pensamento, goste ou não, foi formatado ao redor da economia. No mundo das finanças, tornou-se normal sacrificar (as pessoas) para praticar a política da cultura descartável.”

O papa tomou muito cuidado para, na entrevista, não mencionar diretamente nenhum nome, mas a fala atingiu diversos presidentes e ministros. “Essa crise está afetando a todos nós, ricos e pobres, e colocando em foco a hipocrisia. [...] Este é um momento para deixarmos de lado esse tipo de hipocrisia funcional. É hora de integridade. Ou somos coerentes com nossas crenças ou perdemos tudo”.

Francisco também aproveitou para relatar a relação entre a atual pandemia e as mudanças climáticas causadas pela produção predatória do ser humano. “Deus sempre perdoa; nós às vezes perdoamos, mas a natureza nunca perdoa. Nós precisamos recuperar nossa memória, porque somente ela virá à nossa ajuda. Essa não é a primeira praga que a humanidade enfrentou. As outras se tornaram apenas narrativas”, completou.