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Notícias / Religião

Papa Francisco sugere que Estados Unidos e Irã pratiquem "diálogo e autocontrole"

Durante seu discurso anual, o líder da Igreja Católica também falou sobre a xenofobia contra imigrantes, o aquecimento global e os perigos das armas nucleares

Fabio Previdelli Publicado em 09/01/2020, às 12h00

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Imagem do papa Francisco I discursando - Getty Images
Imagem do papa Francisco I discursando - Getty Images

Durante discurso anual, que ficou conhecido como fala sobre o Estado do Mundo, o papa Francisco exortou hoje, quinta-feira, 9, que os EUA e o Irã a praticarem "diálogo e autocontrole" para amenizar as recentes tensões entre as nações e evitarem um conflito maior no Oriente Médio.

Em seu primeiro apelo direto sobre a crise atual, Francisco discursou por quase 50 minutos em meio aos afrescos da Sala Regia do Vaticano. O líder católico de 83 anos também fez um resumo essencialmente sombrio sobre o ano de 2019, citando episódios como as guerras, a xenofobia contra imigrantes, o aquecimento global e os riscos e perigos das armas nucleares.

"Particularmente perturbadores são os sinais vindo de toda a região após a intensificação das tensões entre o Irã e os Estados Unidos”, declarou para os diplomatas credenciados de mais de 180 estados.

O santo padre também disse que as recentes tensões podem "comprometer o processo gradual de reconstrução do Iraque, além de estabelecer o fundamento de um conflito mais vasto que todos nós gostaríamos de evitar".

"Eu, portanto, renovo meu apelo para que todas as partes interessadas evitem uma escalada do conflito e mantenham viva a chama do diálogo e do autocontrole, em pleno respeito à lei internacional”.

“Nossa família humana está maculada e ferida por uma sucessão de guerras cada vez mais destrutivas que afetam especialmente os pobres e aqueles mais vulneráveis", disse o Papa. "Infelizmente, o Ano Novo não parece marcado por sinais encorajadores, e sim por tensões intensificadas e atos de violência”.

Os recentes conflitos no Oriente Médio podem inviabilizar uma visita do líder da Igreja Católica ao Iraque — país que o pontífice declarou que gostaria de visitar esse ano. As guerras na região provocaram um grande êxodo de cristãos do Iraque e nos países vizinhos, principalmente depois que o Estado Islâmico controlou grandes áreas do país, entretanto, eles reconquistaram a liberdade depois que os jihadistas foram expulsos.

Ao falar sobre as mudanças climáticas, Francisco se diz entristecido que a urgência em combatê-la “parece não ter sido captada pelos políticos internacionais”.