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Notícias / Arqueologia

Partes de trilho do século 19 são descobertas durante escavações em Fortaleza

Dormentes de madeira que datam da época da inauguração da estação ferroviária foram encontrados

Redação Publicado em 13/05/2022, às 08h27

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Dormentes de madeira encontrados durante as escavações em Fortaleza - Divulgação/Youtube/Diário do Nordeste
Dormentes de madeira encontrados durante as escavações em Fortaleza - Divulgação/Youtube/Diário do Nordeste

Obras realizadas na Estação das Artes, no centro de Fortaleza, onde antes era a estação ferroviária João Felipe, revelaram parte do trilho da construção original do local, que remontam à inauguração em 1880.

Foram encontrados dormentes de madeira, como são chamadas as peças inseridas na transversal nas vias metro-ferroviárias sobre as quais os trilhos passam, durante as escavações feitas em fevereiro deste ano na área próxima ao trilho desativado.

Como relatou o Diário do Nordeste, existem atualmente oito espaços abertos sinalizados por conta das descobertas arqueológicas. Em três deles, é possível observar os detalhes das impressionantes peças de madeira, ainda que desgastadas com o tempo.

Além dos dormentes, as obras de restauro também revelaram, de acordo com os registros da instituição, um canhão, fragmentos de garrafas de grés e de vidro, além de pedaços de faiança vindos da Inglaterra e cerâmicas. A expectativa é que as escavações continuem por mais dois meses.

Com a descoberta relacionada à estação ferroviária, foi feito um informe ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que uma decisão a respeito do que ser feito com as peças fosse tomada.

“A gente propôs [ao Iphan e ao Governo do Estado] deixar os dormentes à mostra, de forma a socializar com a comunidade, os moradores, os fortalezenses para conhecer um pouco da sua história e ver outras propostas”, explicou a arqueóloga da ARC Soluções em Arqueologia, Vanessa Rodrigues.

“Outra opção é reaterrar. Mas o mais interessante, de fato, seria fazer um tratamento dos dormentes para que eles possam ficar preservados”, completou.

Para Luis Mafrense, coordenador de gestão do Programa de Acompanhamento Arqueológico da Linha Leste e da Estação das Artes, da empresa ARC Soluções em Arqueologia, “essas escavações no Centro de Fortaleza são oportunidades de reencontrar essa história do Ceará”.