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Notícias / Brasil

Paulo Coelho ironiza falsa ‘cidade perdida na Amazônia’

'Estou reclamando com minha agência', zombou o autor ao falar sobre ‘livrarias’ de Ratanabá

Redação Publicado em 15/06/2022, às 15h02

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O escritor Paulo Coelho e imagem ilustrativa da floresta amazônica - Getty Images
O escritor Paulo Coelho e imagem ilustrativa da floresta amazônica - Getty Images

O escritor Paulo Coelho aproveitou a polêmica envolvendo uma falsa “cidade perdida na Amazônia”, que ganhou grande repercussão após comentários do ex-secretário de Cultura Mário Frias, para ironizar a situação.

Em seu perfil no Twitter, o autor brincou com o fato de seus livros não estarem sendo vendidos nas livrarias de Ratanabá, como está sendo chamada a suposta capital escondida na floresta amazônica, que dataria de mais de 450 milhões de anos.

"Estou reclamando com minha agência que nenhum dos meus livros está nas livrarias de Ratanabá", zombou Coelho.

Em resposta à publicação, o cantor Tico Santta Cruz, fundador da banda Detonautas, escreveu ironicamente: "Mas eu comprei um exemplar do seu livro em Ratanabá! Talvez tenha sido sorte de viajante".

"E seu show? Divulgaram bem ou ficou foi prejudicado pelo ex-secretário de cultura?", questionou o escritor. "Por conta dos combustíveis muito alto, e o ausência de vagas para submarinos, a tour precisa de incentivos da Lei Rouanet — mas não conseguimos apoio militar pra isso", respondeu o artista.

Cidade perdida

As redes sociais ficaram recheadas de críticas ao ex-ministro, que revelou por meio de seu perfil no Twitter ter recebido Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Dakila Pesquisas, empresa responsável por difundir a teoria do Ratanabá, enquanto ainda ocupava o cargo.

“Na ocasião, ele me apresentou um documento que resume os estudos iniciados pela associação desde 1992, ano em que Ratanabá teria sido descoberta. Vi diversas fotos de artefatos bem elaborados de metal e de cerâmica encontrados em galerias subterrâneas no Real Forte Príncipe da Beira”, escreveu Frias.

A teoria da civilização perdida na Amazônia, no entanto, já foi invalidada por especialistas. Segundo destaca a BBC, Ratanabá é apontada como tendo existido entre 350, 450 ou até 600 milhões de anos.

É importante lembrar, porém, que o Homo sapiens sapiens surgiu há cerca de 350 mil anos na África, sendo impossível haver uma civilização daquele porte já naquele período perdida no meio da floresta amazônica.