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Notícias / Arqueologia

Pegadas de 3,7 milhões de anos podem ser de humanos antigos

Pesquisa evidencia peculiar jeito de andar dos primeiros bípedes

Fabio Previdelli Publicado em 02/12/2021, às 10h41

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Pegadas encontradas na Tanzânia - Divulgação/Dartmouth College
Pegadas encontradas na Tanzânia - Divulgação/Dartmouth College

Um estudo recente publicado na revista científica Nature aponta que pegadas misteriosas, que anteriormente pensava-se terem sido feitas por ursos antigos, na verdade foram deixadas pelos primeiros humanos há milhões de anos. 

Em 1976, impressões fossilizadas de um dedão e calcanhar foram identificadas em um sítio na Tanzânia. Agora, essas evidências foram classificadas como pertencentes a um hominídeo bípede não identificado, que pode ter tido um estranho andar cruzado.

A pesquisa sugere que mais de uma dessas espécies andava sobre duas pernas há 3,7 milhões de anos, visto que, em uma região próxima, em Laetoli (sítio arqueológico na Tanzânia), pegadas foram previamente identificadas como as primeiras evidências definitivas de bipedalismo em hominídeos.

Análise das pegadas encontradas pelos pesquisadores / Crédito: Divulgação/Dartmouth College

De acordo com os pesquisadores, elas podem ter pertencido ao Australopithecus afarensis — a mesma espécie do famoso fóssil parcial Lucy, que é considerado o exemplo de vida mais antigo e conhecido de nossos ancestrais humanos. 

Ainda não está claro qual tipo de humano primitivo foi o responsável por deixar tais marcas, embora as evidências deixem dois pontos a serem estudados: se a espécie realmente tinha uma passada cruzada bizarra ou se ela estava caminhando em um terreno perigoso. 

Os pesquisadores declararam, segundo o portal Daily Mail, que as pegadas apontam que a forma como a criatura andava implica que ela colocava cada pé além da linha média do corpo para tocar o solo. 

Embora a passada dos humanos normalmente não se cruzem, esse movimento pode ocorrer quando se tenta restabelecer o equilíbrio", explica Ellison McNutt, professor assistente da Universidade de Ohio e principal autor do estudo. 

“Ou as pegadas podem ter sido o resultado de um hominídeo andando por uma área que era uma superfície desnivelada”, completa.