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Notícias / Dinossauros

Pesquisa aponta por que os dinossauros dominaram o planeta

Predadores implacáveis, a espécie prosperou devido a capacidade essencial

Fabio Previdelli Publicado em 06/07/2022, às 16h55

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Ilustração representando o dinossauro - Divulgação/ Peer J Life & Enviroment
Ilustração representando o dinossauro - Divulgação/ Peer J Life & Enviroment

Autor do essencial ‘A origem das Espécies’, Charles Darwin já dizia: “Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças”. E é justamente isso que ajuda a explicar a dominância dos dinossauros durante o período Triássico.

Segundo estudo recente publicado na revista Scientific Advances, pegadas de dinossauros encontradas no arenito e siltito de antigos leitos de lagos na bacia de Junggar, no noroeste da China, sugerem que há mais de 200 milhões de anos os répteis já haviam se adaptado para sobreviver ao frio das regiões polares.

Conforme explica matéria da Live Science, os primeiros sinais dos dinos em latitudes temperadas do sul correspondem ao período de 231 milhões de anos atrás — quando a Pangeia ainda existia. 

Por volta de 214 milhões de anos, eles se espalharam para o norte, em direção às regiões árticas. Neste período, a Bacia de Junggar estava ao norte do plano equatorial da Terra, dentro do Círculo Polar Ártico. Há 202 milhões de anos, porém, uma cadeia de erupções vulcânicas maciças esfriou drasticamente nosso planeta e ocasionou a morte de 75% das espécies vivas

"Os dinossauros estavam lá durante o Triássico sob o radar o tempo todo", explica Paul Olsen, professor de biologia e ambiente paleo na Columbia Climate School da Universidade de Columbia, em Nova York, e também principal autor do estudo. 

A chave para seu eventual domínio era muito simples. Eles eram animais fundamentalmente adaptados ao frio. Quando ficava frio em todos os lugares, eles estavam prontos, e outros animais não”, continua. 

As evidências

As pegadas na bacia chinesa foram impressas ao longo das margens do que eram lagos rasos, o que confirma a presença dos dinos na região congelante. Além das evidências, os pesquisadores também encontraram pequenos seixos dentro dos sedimentos geralmente de granulação fina que identificaram como detritos transportados pelo gelo. 

Isso mostra que essas áreas congelaram regularmente e os dinossauros se saíram bem”, aponta o coautor do estudo, Dennis Kent, cientista adjunto e geólogo sênior do Observatório Terrestre Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, no comunicado.

Todas essas evidências sugerem que os dinossauros não apenas sobreviveram ao clima gelado — eles prosperaram nele, deixando-os bem posicionados para se tornarem os governantes indiscutíveis do planeta até o final do Triássico. Mas como isso foi possível? 

Afinal, segundo a Live Science, pesquisas anteriores mostram que muitos grupos de dinossauros possuíam sangue quente e também tinha uma ação no metabolismo elevada, além de diversas evidências que sugerem que não-aviários tinham um tipo especial de isolamento que seus primos crocodilos de sangue frio não tinham: penas. 

"Severos episódios de inverno durante erupções vulcânicas podem ter trazido temperaturas congelantes para os trópicos, que é onde muitas das extinções de vertebrados grandes, nus e sem penas parecem ter ocorrido", disse Kent. "Enquanto nossos amigos de penas finas, aclimatados a temperaturas mais frias em latitudes mais altas, se saíram bem."