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Notícias / Império Romano

Pesquisa descobre origem misteriosa de vidro do Império Romano

Também conhecido como alexandrino, a peça sempre foi muito estimada, enquanto sua fabricação permanecia desconhecida

Alana Sousa Publicado em 15/07/2020, às 13h45

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Pedaço de vidro alexandrino - Divulgação/Projeto Dinamarquês-Alemão Jerash Northwest Quarter
Pedaço de vidro alexandrino - Divulgação/Projeto Dinamarquês-Alemão Jerash Northwest Quarter

Em uma nova pesquisa, publicada na revista Scientific Reports, pesquisadores conseguiram identificar a origem — que por muito tempo permaneceu um enigma —, dos vidros do Império Romano. O estudo foi realizado em uma colaboração internacional entre o Centro de Evoluções de Redes Urbanas (UrbNet) da Fundação Nacional de Pesquisa Dinamarquesa (UrbNet), a Plataforma de Pesquisa em Geoquímica e Isótopos de Aarhus (AGiR) da Universidade de Aarhus e o Projeto do Distrito Noroeste Dinamarquês-Alemão Jerash (Universidade de Aarhus e Universidade de Münster).

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Vidro alexandrino / Crédito: Divulgação/Projeto Dinamarquês-Alemão Jerash Northwest Quarter

Apesar de ter diferentes tipos de vidro no Império Romano, feitos para os mais variados propósitos, como jarras, pratos e mosaicos coloridos, um deles sempre intrigou mais os especialistas: o vidro incolor; essa modalidade, era descrita por Diocleciano como alexandrino. Os arqueólogos primeiro descobriram onde o material era feito. Com produção na Palestina, o vidro tinha origem egípcia, o que tornou mais difícil ainda entender a razão de ter dois locais separados e as diferenças entre os artefatos.

O recente estudo encerra de vez o debate. As análises conseguiram identificar que o famoso vidro incolor era, de fato, fabricado o Egito, e não na Palestina. Para isso foram examinados os isótopos do elemento raro háfnio. A areia egípcia possui quantidade de cal necessária para fazer o vidro durar por muito tempo e, ao adicionar, antimônio, ele se tornava cristalino. É a primeira vez que este elemento foi utilizado na pesquisa de origem da cerâmica, explicando porque a dúvida perdurou por tanto tempo.

“Os isótopos de háfnio provaram ser um importante rastreador para as origens dos depósitos sedimentares na geologia, então eu esperava que esse sistema de isótopos imprimisse as areias usadas na fabricação de vidro”, afirma Gry Barfod, coautor da publicação.