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Notícias / Pandemia

Pesquisa revela a ligação direta entre a pandemia de Gripe Espanhola e o Terceiro Reich

Pesquisadores relacionaram a doença de 1918 com a ascensão dos soldados da SS, na Europa

Penélope Coelho Publicado em 06/05/2020, às 12h09

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Soldados doentes de gripe espanhola nos EUA - Wikimedia Commons
Soldados doentes de gripe espanhola nos EUA - Wikimedia Commons

Durante a pandemia do novo coronavírus, fatos sobre as antigas epidemias que assolaram o mundo, de maneira semelhante, têm voltado à tona, despertando curiosidade e novas pesquisas. Um estudo publicado pela Federal Reserve de Nova York analisou a relação da Gripe Espanhola com o crescimento do Partido Nazista alemão no século 20.

Segundo o economista e autor da pesquisa, Kristian Blickle, as mortes causadas pela pandemia de gripe entre 1918 e 1920 moldaram profundamente a sociedade alemã, principalmente nas cidades com o maior número de vítimas.

Consequências

Mais de 50 milhões de pessoas morreram em decorrência desse vírus no mundo. No estudo, os pesquisadores argumentam que a gripe causou uma grande revolta na população especialmente em jovens, gerando um sentimento de ódio aos estrangeiros.

"Isso se sustenta mesmo quando controlamos a composição étnica e religiosa de uma cidade, o desemprego regional, votos anteriores da direita e outras características locais que supostamente levam à participação extremista dos votos.", afirmou Blickle.

Para o jornal britânico Independent, os nazistas buscaram benefícios nos deslocamentos sociais causados pela doença. Após a derrota na Primeira Guerra, enfatizando a eleição de um partido extremista.  

Na reportagem publicada pelo periódico inglês, as comparações entre as pandemias têm sustentação, já que enquanto o planeta vive o surto de coronavírus, não há uma certeza de como a ordem mundial irá se estabelecer após o fim da doença.

Os pesquisadores se mostram preocupados com o atual cenário global: "Somos cautelosos com a interpretação de nossos resultados [...] No entanto, o estudo oferece uma nova contribuição para a discussão em torno dos efeitos a longo prazo das pandemias”, contou o autor.