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Notícias / Arqueologia

Pesquisa sugere que murais de Pompeia estão sendo danificados por cinza vulcânica

Cientistas encontraram sais corrosivos em algumas pinturas, o que pode levar a uma deterioração caso elas não sejam conservadas

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 20/04/2021, às 14h26

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Afrescos da Casa dei Ceii, Pompeia - Divulgação/Parque Arqueológico de Pompeia
Afrescos da Casa dei Ceii, Pompeia - Divulgação/Parque Arqueológico de Pompeia

Um novo estudo publicado neste mês na revista científica alemã Angewandte Chemie International Edition investigou os possíveis impactos da cinza vulcânica em afrescos enterrados em Pompeia, na Itália, conhecida por ter sido palco da erupção do Monte Vesúvio. 

Conforme relatado pela revista de divulgação científica Scientific American, os pesquisadores analisaram murais que enterrados durante o período em que o local não foi analisado, ou seja, há mais de 1.500 anos. 

O estudo relata que as pinturas podem sofrer com danos caso sejam expostas à água. Isso acontece porque, caso partículas carregadas se combinem, elas poderão formar uma crosta salgada responsável por mudanças drásticas, especialmente se os íons se dissolverem e se recristalizarem.

Os principais estragos estão relacionados a possíveis rachaduras nos afrescos e até mesmo mudanças de cor dos pigmentos, aspectos essenciais dos artefatos históricos que devem ser preservados.

Embora os íons de flúor, que foram encontrados nas pinturas, causando os danos, não estejam tão presentes na atmosfera, eles são expelidos por vulcões por meio de suas cinzas e detritos. Assim, todo o material de Pompeia pode ser afetado.

Ainda assim, Maite Maguregui, química da Universidade do País Basco e principal autora do estudo, afirma que os afrescos poderão permanecer à salvo se não estiverem expostos à água, o que é dificultado pela água subterrânea e inclusive chuvas. 

“Acho que isso soará como um sinal de alerta porque pinturas escavadas podem se deteriorar muito rapidamente se não forem tratadas de maneira adequada”, explicou Austin Nevin, chefe de conservação do Courtauld Institute of Art em Londres, à Scientific American.