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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores da China anunciam descoberta de espécie desconhecida de ancestral humano

Nomeado de 'homem dragão', o homem teria vivido há 146 mil anos e seria um parente próximo do Homo sapiens

Alana Sousa Publicado em 26/06/2021, às 09h00

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Reconstrução digital do crânio encontrado na China que pode pertencer a uma nova espécie - Divulgação/Chuang Zhao
Reconstrução digital do crânio encontrado na China que pode pertencer a uma nova espécie - Divulgação/Chuang Zhao

Pesquisadores chineses confirmaram a descoberta de uma espécie até então desconhecida que seria o parente evolutivo mais próximo do Homo sapiens. O ancestral humano recém-descoberto teria vivido há cerca de 146 mil anos, a equipe o nomeou de Homo longi, ou ‘homem dragão’.

O resultado do estudo de análise do fóssil foi publicado na revista The Innovation, e repercutido pelo El País.

O crânio do Homo longi foi encontrado na cidade de Harbin, no nordeste da China, em 1933. Entretanto, o artefato só chegou para as autoridades em 2018, após passar décadas sendo propriedade de uma geração familiar.

Estudos apontaram que o homem tinha aproximadamente 50 anos quando morreu e apresentava características robustas: além de ser forte e alto, tinha uma boca larga, dentes avantajados e cabeça achatada.

Crânio encontrado na China / Crédito: Divulgação/Cell

“Esse fóssil tem características cruciais para entender a origem do gênero Homo e o surgimento da nossa espécie”, afirmou Quiang Ji, pesquisador da Universidade GEO de Hebei, um dos autores da pesquisa.

“O fóssil de Harbin e outros da China pertencem a uma terceira linhagem de humanos que coexistiram com neandertais e sapiens”, sugere Chris Stringer, pesquisador do Museu de História Natural de Londres, co-autor do estudo.

A descoberta pode revolucionar o que se sabe sobre os fósseis humanos pré-históricos encontrados na China, visto que suas características não combinam com as espécies já existentes, como os Homo sapiens e os Neandertais.

“Este poderia ser o primeiro crânio conhecido de um denisovano, mas a análise o situa mais próximo do Homo sapiens. É uma conclusão muito complexa, que ainda terá de ser muito debatida. O que fica claro é que já não estamos diante de um paradigma unidirecional em que os ancestrais humanos saem da África para ir para o resto do planeta, possivelmente houve viagens de volta de espécies humanas da Ásia para a África”, disse Antonio Rosas, especialista em neandertais do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha.

Ainda é cedo para afirmar com certeza se o fóssil é de uma nova espécie ou de uma que já tem sem informações, os cientistas continuam debatendo a questão enquanto mais análises serão realizadas no futuro.