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Notícias / Astronomia

Pesquisadores descobrem exoplaneta semelhante a Júpiter onde o ano dura quatro dias e meio

O WASP-62b, que fica a 575 anos-luz da Terra, pode ajudar os astrônomos a compreenderem como acontece a formação de planetas na galáxia

Fabio Previdelli Publicado em 27/01/2021, às 11h39

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Ilustração do WASP-62b - Divulgação/ M. Weiss/Center for Astrophysics | Harvard & Smithsonian
Ilustração do WASP-62b - Divulgação/ M. Weiss/Center for Astrophysics | Harvard & Smithsonian

Localizado a 575 anos-luz de distância do planeta Terra, na constelação de Dourado, o exoplaneta WASP-62-b virou alvo de estudo de uma equipe liderada por pesquisadores do Centro para Astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos, que compartilhou mais informações sobre esse corpo celeste na edição de janeiro do Astrophysical Journal Letters

Segundo a publicação, o gigante gasoso, que foi observado pela primeira vez em 2012, é o primeiro planeta semelhante a Júpiter, porém, com a metade da massa do maior planeta do nosso sistema solar e sem nuvens ou neblina em sua atmosfera observável.  

Além do mais, ao contrário de nosso vizinho de Sistema Solar, que demora quase 12 anos terrestres para orbitar o Sol, o WASP-62b precisa de apenas quatro dias e meio para completar uma rotação em torno de sua estrela, ou seja, o ano por lá não dura nem uma semana.  

A análise do exoplaneta foi feita através de dados do Telescópio Espacial Hubble, que permitiu que os pesquisadores fizessem observações usando espectroscopia, que é o estudo da radiação eletromagnética como forma de detectar elementos químicos.  

Assim, a equipe liderada pela estudante de pós-graduação Munazza Alam conseguiu detectar a presença de sódio e potássio na atmosfera do planeta. "Admito que, no início, não estava muito animada com esse planeta", disse a pesquisadora. "Mas, quando comecei a analisar os dados, fiquei animada." 

Analisar exoplanetas com atmosferas sem nuvens, como o WASP-62b, pode levar os astrônomos a uma melhor compreensão de como eles foram formados, já que fica mais fácil estudar a composição química desses corpos celestes, o que é essencial para determinar sua composição.  

Porém, estima-se que menos de 7% dos exoplanetas tenham atmosferas sem nuvens, o que faz que as descobertas feitas com o WASP-62b sejam ainda mais singulares, "[Sua raridade] sugere que algo mais está acontecendo ou que eles se formaram de uma maneira diferente da maioria dos planetas", observou Alam.