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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores descobrem que placa esquecida é o mais antigo mapa cartográfico '3D' da Europa

Datado da Idade do Bronze, o item foi levado a um dos mais importantes museus da França, mas ficou intocado por décadas

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 08/04/2021, às 11h14

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Placa com mapa 3D redescoberta em pesquisa - Denis Glicksman / Universidade de Bournemouth
Placa com mapa 3D redescoberta em pesquisa - Denis Glicksman / Universidade de Bournemouth

Uma placa de pedra pré-histórica encontrada em Finistère, na França, no ano de 1900, voltou a chamar atenção na última terça-feira, 6, quando pesquisadores de quatro instituições — Instituto Nacional Francês de Pesquisa Arqueológica Preventiva (Inrap), Universidade de Bournemouth, Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS) e Universidade da Bretanha Ocidental (UBO) — revelaram um importante recorde da peça.

Os elementos de datação e figuras pré-histórica apontam que a topografia da placa foi criada propositalmente para ter o que seria um 'efeito 3D', com texturas que representariam o vale do rio Odet no mapa, enquanto as linhas representavam a correnteza das águas. A descoberta é a mais antiga do tipo já conhecida no velho continente, como relatou o portal Heritage Daily.

A conclusão foi obtida com o auxílio de escaneamentos 3D de alta resolução com fotogrametria, técnica da geociência que permite o registro de ambientes físicos por proporções.

Pesquisador fotografa placa de mapa 3D durante análise / Crédito: Universidade de Bournemouth

Com o auxílio dessas técnicas, os pesquisadores conseguiram localizar uma área real de aproximadamente 30 km por 21 km, ao longo do curso do rio Odet, que se assemelha a representação do mapa.

O motivo da criação dele é sugerido na publicação da pesquisa; essa região pode ter comportado três nascentes; a do rio Odet, mas também a dos rios Isole e Stêr Laër.

A placa estava guardada no Museu Nacional de Antiguidades da França desde 1924, quando foi adquirida. Desde então, permanecia armazenada em um nicho do fosso do edifício — até ser revisitada em 2014 e, posteriormente, sendo liberada para a realização da pesquisa em 2017, como registrou o artigo da Universidade de Bournemouth.

Sobre arqueologia

Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história. 

Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatrae Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.