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Notícias / Mitos

Pesquisadores dizem que acharam Atlântida. De novo!

Desta vez, a cidade mítica estaria na Espanha. No passado, outras localizações já foram apontadas: Bolívia, Turquia, Alemanha, Antártida...

Alana Sousa Publicado em 05/12/2018, às 14h01 - Atualizado às 21h37

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Como seria a suposta cidade de Atlântida - Reprodução
Como seria a suposta cidade de Atlântida - Reprodução

Atlântida existiu, e suas fundações deixaram marcas incontestáveis no Parque Nacional de Doñana, na Espanha. Quem faz essa afirmação é Bruce Blackburn, CEO de uma empresa britânica chamada Merlin Burrows, especializada em utilizar dados de satélite para localizar sítios arqueológicos. A equipe da empresa localizou, no parque espanhol, o que seriam os restos de grandes colunas, além de ruínas circulares e sinais de um tsunami. A pesquisa começou há dois anos e foi transformada em um documentário de duas horas, recém-lançado, chamado Atlantica.

Para os pesquisadores, os indícios de estruturas milenares são coerentes com a descrição detalhada que o filósofo grego Platão fez do local, há quase 2.400 anos. "As pessoas terão uma de duas opiniões. Uma será 'maravilha, vamos ver se faz sentido'. E outras dirão que tudo isso não passa de bobagem", Blackburn afirmou.

Parque Nacional de Doñana, na Espanha Reprodução

Essa não é, nem de longe, a primeira vez que alguém anuncia que encontrou a cidade mitológica. Ao longo do tempo, arqueólogos já encontraram a lendária sociedade na Antártida, em Malta, na Bolívia, na Turquia, na Alemanha, no Caribe... E até mesmo na Espanha. A alegação de que os restos de Atlântida estariam no Parque Nacional já havia sido apresentada em 2004. Muito antes, em 1929, a pesquisadora Elena Maria Whishaw indicou que a Andaluzia abrigava uma colônia de Atlântida.

Há quase 2.400 anos, Platão descreveu Atlântida como um poderoso estado, com fortunas em ouro e prata, além de tecnologia muito avançada e canais complexos. Esse local, segundo o filósofo grego, havia desaparecido 9 mil anos antes. O lugar seria tão desenvolvido que os deuses decidiram acabar com ele. Para Platão, essa história era uma alegoria, uma história com um fundo moral: é arriscado abusar da arrogância.

E assim Atlântida continuou: fictícia. Até que, em 1882, um político americano de Minnesota, chamado Ignatius Donnelly (1831-1901, publicou o livro Atlantis: The Antediluvian World ("Atlântida: o Mundo Antideluviano"). Desde então, não se passa muito tempo sem que o local seja supostamente encontrado. Provavelmente Platão ficaria surpreso de saber que, tanto tempo depois de sua morte, sua alegoria seria tratada como um grande mistério arqueológico.

De toda forma, um estudo recém-publicado no Journal of Archaeological Science indica que o Parque Nacional Doñana abriga seres humanos há pelo menos 5 mil anos.