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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores encontram evidências de caso de câncer mais antigo do mundo

Ao analisarem os restos mortais de um homem da Idade do Bronze descoberto na China, perceberam que ele tinha um tumor raro

Isabela Barreiros Publicado em 02/11/2020, às 13h41

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Lesões osteolíticas do homem da Idade do Bronze - Divulgação - Jenna Dittmar/Science Direct
Lesões osteolíticas do homem da Idade do Bronze - Divulgação - Jenna Dittmar/Science Direct

Um recente estudo publicado na revista científica International Journal of Paleopathology revelou uma descoberta notória para a ciência. Pesquisadores, ao examinarem o esqueleto incompleto de um indivíduo que viveu durante a Idade do Bronze, perceberam que os ossos continham evidências de que o homem tinha um tipo de câncer.

Esse seria o caso mais antigo de câncer já descoberto por especialistas. Em relação ao homem, seus restos mortais foram encontrados na China, em uma tumba com mais seis pessoas. Ele morreu com entre 34 a 44 anos de idade e pertencia à cultura Qijia, que se desenvolveu entre 1750 e 1450 a.C.

Assim, os cientistas analisaram os ossos “macroscopicamente e radiograficamente usando raios X simples”, descobrindo pequenas lesões circulares. As hipóteses iniciais de tuberculose, infecção fúngica e condição óssea foram desconsideradas após uma investigação mais profunda.

A conclusão foi a seguinte: “com base na natureza, distribuição e aparência radiográfica das lesões, o diagnóstico mais provável é mieloma múltiplo”. Isso faria com que esse fosse um dos primeiros exemplos de câncer no Leste Asiático. 

Os pesquisadores lembraram em seu artigo que “a evidência de câncer em populações anteriores é rara: menos de 300 casos foram identificados no registro arqueológico”, o que torna a descoberta ainda mais impressionante e rara. É possível compreender, portanto, que a pesquisa poderá auxiliar mais no entendimento do desenvolvimento do câncer.