O impressionante Osteostraci tinha características únicas em comparação aos irmãos vertebrados — refeitas em estudo da Universidade de Bristol
Após meses de pesquisa, um grupo de pesquisadores de pós-doutorado da Universidade de Bristol conseguiu reproduzir com detalhes o grupo de peixes Osteostraci com uma digitalização de suas características. Recriado inteiramente em 3D, as criaturas extintas são conhecidas pela ausência de mandíbula, vivendo entre os períodos silunianos-devonianos na Ásia, América do Norte e Europa.
O estudo, publicado na revista científica Current Biology, não apenas lista as características do animal com exatidão, mas também relata que o grupo contribuiu para a evolução dos peixes modernos — contribuindo para a diversificação dos estilos de vida. Com o conteúdo técnico pronto, a reprodução computadorizada ainda pôde simular a interação do animal com as correntes de água.
Apesar da ausência de mandíbula, o peixe possuía nadadeiras dorsais, nadadeiras peitorais emparelhadas e uma cauda forte, sendo nadadores ágeis e maleáveis. O crânio era composto por apenas uma peça, sem crescimento durante a vida adulta, além de extensões semelhantes a chifres nas cabeças. A cabeça — incomum em relação aos peixes modernos — possibilitava o nado em diversas posições e alturas.
Um dos co-autores do estudo e cientista da Universidade de Valência, Dr. Carlos Martinez Perez explicou como a diferença proporcionou vantagem ao animal: “Nossas simulações revelam que as diferentes espécies de osteostracans apresentam eficiências hidrodinâmicas igualmente diferentes. [...] Alguns deles tiveram melhor desempenho ao se mover perto do fundo do mar ou leito do rio, enquanto outros tiveram melhor desempenho ao nadar livremente na água”.