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Notícias / Astronomia

Pesquisas indicam que Marte tinha gelo em sua superfície, e não rios

Contrariando o que era imaginado, o planeta vizinho nunca teve longos rios percorrendo a paisagem do local

Caio Tortamano Publicado em 04/08/2020, às 15h58

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Superfície do Planeta Vermelho - Getty Images
Superfície do Planeta Vermelho - Getty Images

Pesquisadores da Universidade de British Columbia afirmaram em estudo publicado na Nature Geoscience que, ao contrário do que foi levantado por cientistas anteriormente, Marte tinha uma camada de gelo que constantemente derretia e não rios. 

Para chegar a essa conclusão, a pesquisadora Anna Grau Galofre, do departamento de Ciências atmosféricas analisou milhares de vales marcianos. A partir deles, fez uma comparação com canais subglaciais no Arquipélago Ártico Canadense, especificamente em Devon Islands, notando grandes semelhanças entre os dois ambientes.

Grau Galofre afirma que, assim como na Terra, “os vales parecem muito diferentes uns dos outros, sugerindo que muitos processos foram necessários para a formação deles”. O co-autor da pesquisa, Gordon Osinski, afirmou que “Devon é uma das melhores analogias entre Marte e a Terra — lá é frio e seco, um verdadeiro deserto polar”.

A teoria de Grau Galofre ajuda a explicar como um planeta mais distante do Sol que a Terra formaria vales à 3,8 bilhões de anos atrás, durante um período que o brilho do astro ao centro da Via Láctea era menos intenso.

Isso só seria possível caso a temperatura do planeta vermelho fosse muito mais fria durante a formação desses vales, levantando a teoria de que, na superfície, só poderia ser vista uma camada de gelo, enquanto no subterrâneo corriam canais e vales.

Esse ambiente seria mais propício para seres vivos mais básicos viverem no planeta, já que o gelo da superfície iria conferir mais proteção e estabilidade para as águas. Além disso, servia como uma cobertura que tapava a radiação solar na falta de um campo magnético.