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Notícias / Astronomia

Poderemos um dia morar dentro da Lua? Estudo sugere a possibilidade

Conheça os imensos tubos de lava lunares, que, segundo pesquisadores, são mais seguros que a superfície

Ingredi Brunato Publicado em 15/08/2020, às 13h00

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Fotografia de um tubo de lava da Terra, localizado na Ilha Thurston - Wikimedia Commons
Fotografia de um tubo de lava da Terra, localizado na Ilha Thurston - Wikimedia Commons

Segundo um estudo publicado na revista Earth-Science Reviews, deveríamos começar a explorar com mais seriedade os tubos de lava da Lua. Essas estruturas ocas são criadas pela passagem de lava abaixo da superfície, e estão também presentes na Terra. 

Porém com uma diferença importante: os tubos lunares são de 300 a 700 vez maiores que os tubos terrestres, chegando a impressionantes 900 metros de largura em alguns pontos de abertura. Segundo o geocentista e co-autor do estudo Riccardo Pozzobon, é tamanho suficiente para instalar uma pequena cidade dentro deles. 

Essas cavernas subterrâneas têm a vantagem de estarem protegidas tanto da radiação solar quanto do impacto de meteoros, sendo, portanto, muito mais seguras que a superfície da Lua. Uma dificuldade é que nem sempre é possível identificar um tubo de lava imediatamente, mas às vezes um colapso parcial provoca uma abertura em um tubo, que além de revelá-lo deixa o restante intacto e passível de exploração.

Imagem meramente ilustrativa da Lua / Crédito: Divulgação/Youtube

Apesar das características favoráveis, Pozzobon ainda chama atenção para os obstáculos de instalar um assentamento humano dentro de uma dessas cavernas: “As rochas basálticas no interior dos tubos de lava podem ser afiadas como navalhas e o terreno é muito irregular", explica. "Portanto, os desafios de engenharia ao colocar habitats infláveis ​​dentro dessas cavernas não são triviais e requerem estudos muito detalhados." 

A próxima fase do estudo é coletar mais informações sobre os tubos lunares, para criar algo próximo de um mapa dos espaços vazios dentro da Lua. Só assim seria possível enviar um robô autônomo para a realizar o ousado trabalho de exploração.