Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Idade Média

Primeiro infectado pela peste bubônica pode ter sido identificado, aponta estudo

Um homem da Letônia, que viveu há 5 mil anos, está sendo chamado de 'paciente zero' da praga e auxilia pesquisadores a entenderem melhor uma das mais letais epidemias da humanidade

Alana Sousa Publicado em 30/06/2021, às 11h35

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Esqueleto de homem que morreu de Peste Negra durante a Idade Média - Dominik Goldner/BGAEU via BBC
Esqueleto de homem que morreu de Peste Negra durante a Idade Média - Dominik Goldner/BGAEU via BBC

A Peste bubônica foi uma das piores e mais letais epidemias da História. A doença chegou a dizimar 25 milhões de europeus em apenas cinco anos na Idade Média; ao todo, cerca de um terço da população havia morrido infectada.

Agora, pesquisadores da Universidade de Kiel, na Alemanha, identificaram um esqueleto de homem que viveu há 5 mil anos e pode ser o ‘paciente zero’ da peste bubônica, conforme publicaram na revista Cell Reports. O cadáver pertence a uma pessoa que vivia na Letônia, evidências apontaram que ele tinha a cepa mais antiga da doença.

Ben Krause-Kyora, da Universidade de Kiel, comentou sobre os restos mortais analisados: “Até agora, esta é a vítima de peste mais antiga identificada que temos”. E acrescentou dizendo que o homem “provavelmente foi mordido por um roedor, pegou a infecção primária de Yersinia pestis e morreu alguns dias [depois] — talvez uma semana depois — de choque séptico”.

Além disso, os especialistas revelaram detalhes sobre a vida da vítima, afirmando que o homem tinha entre 20 e 30 anos quando morreu; ele foi encontrado em um cemitério neolítico, próximo ao rio Salac.

O estudo sugere ainda que a Peste tenha se originado há aproximadamente 7 mil anos atrás, quando a agricultura estava crescendo na Europa. Sendo assim, a bactéria Yersinia pestis, que causa a praga, poderia estar circulando entre as pessoas sem causar uma grande epidemia por muito tempo.