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Notícias / Canadá

Primeiro-ministro do Canadá diz que governo irá ajudar indígenas na busca de sepulturas de crianças

A medida foi anunciada após 215 cadáveres infantis terem sido encontrados em um antigo internato do país

Giovanna Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/06/2021, às 08h58

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Escola Residencial Kamloops Indian, em British Columbia, no Canadá, em meados de 1950 - Department of Indian Affairs and Northern Development/Library and Archives Canada
Escola Residencial Kamloops Indian, em British Columbia, no Canadá, em meados de 1950 - Department of Indian Affairs and Northern Development/Library and Archives Canada

Na semana passada, a tribo Tk'emlups te Secwepemc relatou à mídia que havia encontrado os restos mortais de 215 crianças que estudavam em um antigo internato próximo a Kamloops, na Colúmbia Britânica. Ontem, segunda-feira, 31, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, prometeu que dará apoio às comunidades indígenas nas buscas das sepulturas.

Conforme informou o UOL, o político declarou durante coletiva: "Como pai, não consigo imaginar como seria a sensação de ter meus filhos tirados de mim. E como primeiro-ministro, estou chocado com a política vergonhosa que tirou as crianças indígenas de suas comunidades."

Além disso, o canadense anunciou que faria uma reunião com os ministros à tarde, durante a qual falaria sobre o tema, buscando definir os próximos passos para apoiar os sobreviventes dos colégios internos e a comunidade.

A Kamloops Indian Residential School, instituição na qual os restos foram encontrados, foi o maior internato destinado à integração dos povos indígenas do Canadá. Construída no século 19, a escola chegou a ter até 500 alunos matriculados simultaneamente e funcionou entre os anos de 1890 a 1969.

De acordo com a matéria, em torno de 150 mil crianças indígenas, mestiças e inuítes foram retiradas de suas famílias e matriculadas à força nessas instituições, sendo que muitas foram abusadas física e sexualmente por autoridades. Uma comissão de verdade e reconciliação foi capaz de identificar nomes e informações ao menos 4.100 crianças que morreram de abuso ou negligência nesses colégios.