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Notícias / Arqueologia

Primeiros povos a chegarem nas Américas trouxeram seus cães, aponta estudo

A pesquisa também sugere a Sibéria como “uma região provável onde a domesticação dos cães foi iniciada”

Isabela Barreiros, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 27/01/2021, às 07h00

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Ilustração de ser humano com cão domesticado - Divulgação - Ettore Mazza
Ilustração de ser humano com cão domesticado - Divulgação - Ettore Mazza

Um novo estudo liderado pela arqueóloga Dra. Angela Perri, da Durham University, no Reino Unido, indicou que os primeiros povos a se estabelecerem nas Américas vieram junto com seus cães já domesticados. Os resultados foram publicados na revista científica Proceedings of National Academy of Sciences  dos Estados Unidos da América (PNAS).

Como apontado pelos pesquisadores, as pessoas que chegaram no continente há mais de 15 mil anos vieram do nordeste asiático. Como a região foi uma das últimas a serem colonizadas, ela foi explorada no mesmo momento em que a domesticação de cães já era uma realidade.

A pesquisa sugere que a domesticação de cachorros aconteceu na Sibéria há mais de 23 mil anos.“Pesquisadores já sugeriram que os cães foram domesticados por toda a Eurásia, da Europa à China e em muitos lugares no meio”, disse o co-autor do estudo, Greger Larson, da Universidade de Oxford.

“A evidência combinada de humanos e cães antigos está ajudando a refinar nossa compreensão da história profunda dos cães e agora aponta para a Sibéria e o Nordeste da Ásia como uma região provável onde a domesticação dos cães foi iniciada”, afirmou.

O estudo foi realizado por meio de registros arqueológicos e genéticos de pessoas e cães antigos. Segundo Perri, o diferencial do projeto é que, além de pesquisar o “quando” e “onde” da domesticação de cães, eles também exploraram o “como” e o “porquê”, que “muitas vezes foram esquecidos”.

“A domesticação de cães que ocorre na Sibéria responde a muitas das perguntas que sempre tivemos sobre as origens da relação homem-cão”, disse. “Ao juntar as peças do quebra-cabeça da arqueologia, genética e tempo, vemos uma imagem muito mais clara de onde os cães estão sendo domesticados na Sibéria e depois se dispersam nas Américas e em todo o mundo.”