Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Racismo

Professora é presa após relacionar tatuagens de aluna negra à escravidão

O caso aconteceu em faculdade em Vitória, capital do Espírito Santo

Redação Publicado em 23/06/2022, às 13h36

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Juliana Zucculoto foi presa por injúria racial contra a aluna Carolina Bittencourd - Reprodução/Facebook e Instagram
Juliana Zucculoto foi presa por injúria racial contra a aluna Carolina Bittencourd - Reprodução/Facebook e Instagram

Juliana Zucculoto, professora de design de moda no Centro Universitário Faesa, em Vitória, capital do Espírito Santo, foi presa após fazer declarações de cunho racista durante aula. O caso foi relatado pela estudante Carolina Bittencourd, que teria recebido diretamente os comentários, em seu Instagram, após a aula que aconteceu na manhã da última quarta-feira, 22.

A mestre em comunicação e cultura teria feito críticas às tatuagens da estudante, atestando que são relacionadas a presidiários e escravidão, e acrescentou comentários relacionados à cor da pele da jovem. 

Ela citou sobre tatuagem e começou a falar da origem dela, que veio do presidiário, da prisão. Estou muito nervosa, não estou nem conseguindo falar direito, porque eu acabei de sair da sala. Ela falou que era muito feio tatuagem, e mais feio ainda para quem tinha a pele negra e que parecia pele encardida", disse Carolina Bittencourd em postagem em seu Instagram.

A Polícia Militar foi acionada para ir até a unidade de ensino, e encaminhou a professora de 61 anos à delegacia. Ela chegou a ser ouvida pelos militares, e alegou que foi mal interpretada pela aluna. A jovem registrou um boletim de ocorrência e assinou uma representação contra Juliana.

Fiança

Juliana Zucculoto foi autuada por injúria racial posteriormente, crime que prevê pena de até dois anos de prisão. No entanto, a Polícia Civil informou que a professora "foi liberada para responder em liberdade, após o recolhimento da fiança", e acrescenta ainda que "o caso seguirá sob investigação".

O Centro Universitário Faesa, por sua vez, declarou que repudia todo e qualquer ato ou manifestação discriminatória ou preconceituosa, e que qualquer manifestação contrária a esse posicionamento é um ato individual, que não condiz com a política da instituição, como informado pelo portal de notícias da UOL.