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Notícias / Saúde

Remédio contra o câncer ajuda a expulsar vírus ‘adormecido’ do HIV

Segundo estudo, que ainda precisa de mais análises, droga pode ajudar a eliminar por completo o vírus em pacientes

Fabio Previdelli Publicado em 09/02/2022, às 17h15

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Célula infectada com o HIV - Divulgação/National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID)
Célula infectada com o HIV - Divulgação/National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID)

No final de janeiro, um artigo publicado na Science Translational Medicine aponta que um medicamento usado para tratar diversos tipos de câncer pode ajudar a eliminar o vírus HIV que fica 'dormente' dentro das células. 

De acordo com o estudo, o pembrolizumabe se demonstrou eficaz ao reverter o processo de latência do HIV em células de pacientes com câncer que usam tratamento à base de coquetéis antirretrovirais (TARV).

Com explica a pesquisa, que foi detalhada em matéria do G1, um dos pontos que torna a cura do HIV difícil é a capacidade do vírus ficar latente dentro das células, ou seja, ficar 'dormente' dentro delas. 

Nesta condição, os pacientes apresentam uma carga viral indetectável em exames, por isso, a eliminação completa do vírus do corpo se torna algo tão complexo. Entretanto, com os estudos feito com o medicamento, a latência do vírus é revertida (ele é “acordado”), o que permite que as células sejam eliminadas por meio da TARV. 

O estudo foi feito com 32 voluntários, segundo aponta a Folha, sendo que 29 deles, o que representa 91%, apresentam uma carga viral indetectável — os outros 3 (9%) possuíam níveis acima do limite de detecção. 

Depois de oito dias do início do tratamento, durante o chamado primeiro ciclo, a quantidade de fragmentos do RNA detectados do vírus aumentou em 1,32 vezes. O índice se tornou 1,6 vezes maior depois do 22º dia, no início do segundo ciclo. 

De acordo com os pesquisadores que fizeram parte do estudo, os resultados apontam um potencial da droga, no entanto, mais estudos deverão ser feitos como, por exemplo, para avaliar a dose e a frequência do uso desse tipo de medicamento. 

Importante ressaltar que, com os tratamentos antirretrovirais disponíveis hoje, os pacientes que possuem uma carga viral indetectável não transmitem o vírus do HIV.