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Notícias / Arqueologia

Restos encontrados no Quênia revelam detalhes da vida emotiva dos Homo Sapiens, diz pesquisador

Na primeira semana de maio, um estudo evidenciou o túmulo mais antigo já registrado na África, que abrigou uma criança entre 2 e 3 anos de idade há cerca de 78 mil anos

Fabio Previdelli Publicado em 13/05/2021, às 12h00

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Reconstituição de como os ossos foram encontrados - Divulgação/ Jorge Gonzales/Elena Santos/Fernando Fueyo
Reconstituição de como os ossos foram encontrados - Divulgação/ Jorge Gonzales/Elena Santos/Fernando Fueyo

Na semana passada, a equipe do site do Aventuras na História noticiou um estudo que apontou novas pistas sobre restos mortais descobertos na caverna Panga ya Saidim no condado de Kifili, no Quênia, em 2017. Segundo a pesquisa, os ossos pertenciam a uma criança entre 2 e 3 anos de idade, que viveu há cerca de 78 mil anos. 

O achado foi descrito como o túmulo mais antigo já registrado na África. Na última quarta-feira, 12, então, o arqueólogo-chefe dos museus do país do leste africano disse que a descoberta lança uma luz sobre a vida emotiva dos primeiros Homo sapiens.  

"É significativo... porque é a primeira vez que estamos começando a ter uma noção das capacidades cognitivas, e também emocionais, neste momento do tempo", comentou Emmanuel Ndiema, em entrevista à agência Reuters. 

O pesquisador disse que achados como este ajudam a entender diversos aspectos, como a forma que os humanos primitivos viviam, assim como ele se sustentavam e até mesmo se relacionavam com o meio ambiente ao seu redor.  

"Estamos começando a entender as pessoas tendo algum elo emocional com os mortos a ponto de poderem enterrá-los intencionalmente. Também estamos vendo capacidades cognitivas, pensamento abstrato", completou o especialista. 

A criança foi sepultada como se estivesse deitada com a cabeça em um travesseiro. De acordo com o estudo, que foi liderado por pesquisadores da University College London, na Inglaterra, o posicionamento do corpo foi intencional e pode ter ligação com algum rito funerário. Além disso, descobriu-se também que o corpo fora coberto com uma mortalha, provavelmente feita de folhas e/ou pele de animais.